Poker: jogar cash game pode sim! Veja a lei

Por

Robson Martins

13/09/2017 22:38 - Atualizado: 27/09/2023 19:39

Uma das polêmicas que ainda existem no poker, fruto do desconhecimento da lei, é a legalidade ou não do cash game. Por não ser tão divulgado quanto os torneios e envolver fichas que tem um valor equivalente em dinheiro, este tipo de poker às vezes é visto com ressalvas. O que é uma bobagem.

Antes de explicar a legalidade do cash game, também chamado de ring game ou mesa livre, vale a pena mostrar a diferença para quem não conhece. Nos torneios, o jogador paga uma inscrição, tem direito a um número certo de fichas e vai com elas (se não tiver addon ou reentrada) até o fim.

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No cash game, o jogador compra fichas equivalentes ao valor que ele investir e sai na hora que quiser. Às vezes é apenas obrigatório um período mínimo de uma hora. Se perder, pode comprar mais. Não existe um fim ou um campeão como nos torneios.

Porém, o que faz o poker ser legal no Brasil é o fato de não ser um jogo de azar. E isso vale tanto para os torneios como para as mesas de cash.

Segundo o artigo 50 da lei 3.688/41, um jogo de azar é aquele “em que o ganho e a perda dependem exclusiva ou principalmente da sorte”. É o caso das roletas de cassino ou loteria. No caso do poker, há estudos nacionais e internacionais que mostram que na maioria das vezes o vencedor ganha as fichas sem mostrar as cartas, dependendo apenas da sua habilidade.

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“Você jogar um torneio ou jogar um cash game, se trata da modalidade de poker onde depende majoritariamente da habilidade do jogador. O que difere é a forma como você entra no jogo”, ressalta Ueltom Lima, presidente da Confederação Brasileira de Texas Hold’em (CBTH), a principal entidade de poker no Brasil.

“O que causa confusão na cabeça das pessoas é que no torneio de poker o jogador faz a inscrição e vai participar do torneio com as fichas. Já no cash game a ficha equivale a dinheiro e isso seria proibido. Não tem nada a ver. Isso é um mito, uma grande bobagem”, acrescenta Lima, lembrando que já há decisões na Justiça que consolidam este conceito.