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Agora que as eleições ficaram para trás vem o maior desafio de Jair Bolsonaro: equilibrar as expectativas, que são sempre infladas pelas promessas de campanha, com as dificuldades do dia a dia. E ele já tem de tomar a primeira decisão antes mesmo de tomar posse: que reforma da Previdência ele fará? O caminho mais fácil e rápido, que compraria alguns meses de tranquilidade para o novo governo, seria aprovar a reforma da Previdência do governo Temer. Ela está pronta no Congresso e pode ser aprovada ainda este ano, o que daria tranquilidade ao futuro governo para adotar todas as medidas necessárias para colocar a economia do Brasil em ordem. A desvantagem é que essa reforma está longe de ser a ideal: reduz privilégios, mas não acaba com eles. A reforma ideal no Brasil deveria definir as mesmas regras de Previdência para todos os brasileiros. O outro ponto é que essa reforma deixa de fora os militares, e o governo de Bolsonaro deveria lidar com o problema. A primeira opção é fazer essa reforma e parar por ali, mas os militares estão de fora e isso reforçaria a impressão de que grupos que têm privilégios conseguiriam mantê-los. A segunda opção seria fazer uma reforma específica para os militares — isso o colocaria em conflito diretamente com a sua base. Não é uma decisão fácil.

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