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Eleições norte-americanas devem movimentar os mercados financeiros mundiais. Imagem: ROBYN BECK/AFP via Getty Images
Eleições norte-americanas devem movimentar os mercados financeiros mundiais. Imagem: ROBYN BECK/AFP via Getty Images| Foto: AFP via Getty Images

Estamos chegando ao final de agosto e o que predominou neste ano, absolutamente fora de qualquer padrão para a economia e os mercados, foi a alta volatilidade alavancada pela pandemia. Com o foco nas consequências da pandemia, outro assunto muito importante e que trará impactos no cenário mundial e ainda não chegou a afetar nas bolsas globais até o momento, acabou se tornando secundário: a eleição para presidente dos Estados Unidos. No entanto, algo de tamanha grandeza não pode ser desprezado.

A partir de agora, até o início de novembro – data marcada do pleito – veremos grandes discussões e embates, especialmente sobre propostas que serão apresentadas pelos candidatos. E a desenrolar de como essas ações devem respingar nas pesquisas de voto, e assim interferir no humor dos mercados pelo planeta.

Faltam menos de 100 dias para sabermos quem assumirá a cadeira de presidente da maior potência econômica do mundo. Ainda é cedo para cravar quem vence essa disputa, mas o fato é que independentemente de quem ganhar, o eleito conduzirá a economia norte-americana por caminhos diferentes, com visões distintas – um dólar cada vez mais forte ou economias e moedas de países emergentes mais empoderados.

O fato é que qualquer uma das direções escolhidas pelos eleitores norte-americanos irá refletir no mundo todo e com isso, no humor das bolsas globalmente, afetando diretamente seus investimentos, seja ele atrelado a fundo cambial, renda fixa ou variável.

Não importa quem vença, as repercussões boas e ruins acontecerão. Com base nelas, a posição dos investidores deverá ser mexida como num tabuleiro de xadrez, em busca da melhor estratégia para acessar os ativos mais atraentes para o cenário.

Do lado do republicano e atual presidente, Donald Trump, acredita-se, deverá focar nos ganhos que a economia do país apresentou no período pré-covid e nos embates comerciais ante a China. Privilegiando, assim como na eleição de seu mandato atual, o protecionismo econômico e abertura de postos de trabalho.

Já seu opositor democrata, Joe Biden, conta com um plano econômico mais multilateralista. O ex-vice de Barack Obama, no entanto, ainda não sabe exatamente o que irá apresentar, além de algumas questões importantes que têm pautado a discussão do país, como racismo e a moralidade do povo americano.

A questão fiscal (dívida pública) e a saúde também deverão entrar nas discussões “acaloradas”. Entretanto, por conta do momento de pandemia, não sabemos se teremos os famosos debates presenciais com presença de público, nem os tradicionais comícios em diversas regiões do país. A medida que o prazo vai ficando mais apertado, certamente teremos novidades e com isso um sobe e desce nas bolsas globais.

Em tempos pré pandemia, a vantagem de Trump perante Biden e outros eventuais candidatos da oposição que concorriam à vaga de adversário do presidente, era considerável. Nas pesquisas apresentadas até aqui, o candidato democrata leva ligeira vantagem – já chegou a ser mais ampla -, mas como temos pouco mais de dois meses, muitos fatos poderão mudar os números atuais.

Aqui no Brasil os investidores começam a questionar quando veremos o mercado “balançar” por conta destas eleições e por isso sugiro alguns caminhos como: ter uma carteira balanceada, a depender do perfil, entre vários ativos como ações, renda fixa, fundos multimercados, ouro, fundos imobiliários, entre outros.

Além desta diversificação é importante seguir uma estratégia e não querer adivinhar os rumos a curto prazo que o mercado tomará. Isso poderá ser prejudicial aos seus respectivos retornos além do custo que poderá entrar nessa conta como “extra”. Afinal vivemos atualmente em um mundo onde imperam as incertezas e qualquer palpite é mero chute dada a imprevisibilidade do resultado de novembro, pelo menos nesse momento.

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