O que os adversários querem perguntar a Rafael Greca

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Oito adversários do prefeito Rafael Greca (DEM) voltaram a se reunir em praça pública nesta quinta-feira, 29, para um ato político em protesto contra a ausência de debates na eleição municipal de Curitiba. Com a decisão do prefeito de não participar de nenhum debate, os candidatos reclamam que a votação de 15 de novembro ocorrerá sem que o candidato a reeleição responda a nenhum dos vários questionamentos que eles teriam sobre a atual gestão.

A coluna foi ao evento desta quarta-feira e questionou aos oito participantes que pergunta eles fariam caso Greca decidisse participar de um debate e lhes fosse dada a chance de uma única interação com o prefeito. Confira as respostas:

Fernando Francischini (PSL)
Por que ele escolheu criar um auxílio emergencial apenas para as empresas do transporte coletivo de Curitiba. R$ 120 milhões até agora, podendo chegar a R$ 200 milhões no final do ano. Quais foram os critérios e as prioridades que ele elencou para não ajudar os pequeno empresários, as pessoas que estão desempregadas e que estão dependendo exclusivamente do auxílio emergencial do governo federal.

Eloy Casagrande (Rede)
Eu perguntaria ao prefeito Rafael Greca por que ele não coloca uma gestão mais democrática na cidade. O que falta na gestão pública é ouvir as pessoas e dar espaço para os especialistas, para os professores, para a comunidade, para todos os setores da sociedade poderem participar da gestão da cidade. Todo mundo tem suas reivindicações, suas reclamações e nós não vemos esse espaço na gestão pública.

Camila Lanes (PCdoB)
Minha pergunta seria por que, infelizmente, essa gestão não priorizou a educação, não realizou a Conferência de Educação e não quer pautar com os servidores públicos os planos de carreira, cargos e salários.

Goura (PDT)
Minha pergunta seria por que ele tem privilegiado os grandes interesses que controlam a cidade de Curitiba e não respeitado os pequenos empreendedores da nossa cidade. E por que ele não caminhou para uma integração metropolitana, junto com os demais municípios, para que Curitiba volte a ser vanguarda ambiental e urbanística.

Paulo Opuszka (PT)
Eu ia querer saber a questão dos contratos. Em que medida os contratos podem ser abertos no Portal da Transparência? Porque a primeira medida que ele tomou quando foi eleito foi fechar o Portal e a gente não ter mais acesso aos contratos. Nós não temos noção, hoje, sobre a situação dos principais contratos da prefeitura. Como foram feitos, em que condições, de onde se tirou dinheiro. Nós perdemos acesso à transparência dos contratos. E seria isso que eu questionaria.

Professor Mocellin (PV)
Por que ele prometeu que iria levar adiante o plano de carreira dos professores e simplesmente congelou esse plano de carreira. Os profissionais de educação querem saber o que mudou na gestão dele que o fez esquecer desta promessa de campanha.

João Arruda (MDB)
Prefeito Rafael Greca, você está encerrando seu oitavo ano de gestão. Por que você quer ser prefeito por mais quatro anos? O que você vai fazer nos próximos quatro anos que não fez nos anos que já administrou a cidade? Porque, na minha opinião, você já fez tudo que podia fazer em relação ao que se propôs a fazer pela cidade. Na minha opinião, você já deu tudo o que tinha que dar.

Professora Samara (PSTU)
Eu perguntaria se ele vai romper com a empresa privada de ônibus da cidade para garantir um transporte público de qualidade para a população.

Roger Pereira

Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná, começou a cobrir a política paranaense em 2005, pelo jornal O Estado do Paraná. Desde então passou pelas redações de diversos veículos locais e foi correspondente de veículos nacionais, sempre na cobertura política. Ingressou na Gazeta do Povo em 2020.

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