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Câmara de Curitiba
Palácio Rio branco – sede da Câmara Municipal de Curitiba| Foto: Rodrigo Fonseca/CMC

A Câmara Municipal de Curitiba desistiu de homenagear o tenente-coronel da Polícia Militar Pedro Gunha, com o título de Vulto Emérito da capital. Os vereadores voltaram atrás 24 horas depois de terem aprovado, em primeiro turno, a proposta.

Na última segunda-feira (12), os vereadores aprovaram a homenagem a Gunha com 18 votos favoráveis, 13 contrários e uma abstenção. No entanto, nesta terça-feira (13), a mesma proposta foi barrada em segunda discussão com 14 votos “não”, 12 “sim” e oito abstenções. Desse modo, a matéria acabou rejeitada pela maioria simples da Casa e será arquivada.

O título de Vulto Emérito foi criado pela Câmara em 1963 e é concedido a pessoas nascidas em Curitiba. A honraria deverá ser indicada aqueles ou aquelas que tenham “reputação ilibada e de conduta pessoal e profissional irrepreensíveis que tenham contribuído para o desenvolvimento do Município de Curitiba na prática de fatos concretos em benefício da comunidade”.
O currículo do tenente-coronel, segundo a vereadora Professora Josete (PT), não justifica sua indicação para Vulto Emérito de Curitiba. No entendimento da parlamentar, o título “deve ser concedido a pessoas que têm postura ética, correta, que são respeitosas em relação a outras pessoas”, o que não seria o caso. “Independente da posição política, ele tem postura desrespeitosa a homens e mulheres, de direita ou de esquerda, que eventualmente não pensem exatamente como ele pensa”, afirmou citando publicações feitas nas redes sociais de Gunha.

O vereador Dalton Borba (PDT) também se manifestou sobre o comportamento do tenente-coronel. “Tratam-se de violação de preceitos constitucionais: racismo, discriminação [de gênero]. São coisas gravíssimas. Para além disso, não posso homenagear pessoas que são flagrantemente antidemocráticas”, disse.

O autor da proposta, Zezinho Sabará (DEM), agradeceu os votos favoráveis e respondeu que conhece Pedro Gunha há mais de 30 anos. “A pessoa fala o que acha correto. Não são pequenas palavras que vão desqualificar as pessoas. Se pequenas palavras, pequenas coisas forem desqualificar não seríamos merecedores de nada. Atire a primeira pedra quem não tem defeito. Se fôssemos atirar a pedra, atiraríamos em nós mesmos”, defendeu.

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