• Carregando...
Líer do governo, Hussein Bakri articula visita a Brasília
Líer do governo, Hussein Bakri articula visita a Brasília| Foto: Divulgação / PSD

A Assembleia legislativa do Paraná vai formar uma comissão de parlamentares para ir a Brasília discutir o novo modelo de concessões de rodovias no estado. Proposta pelo líder do governo na Casa, Hussein Bakri (PSD), a comissão tentará construir uma proposta com o Ministério da Infraestrutura que atenda ao "desejo da sociedade paranaense" para o novo pedágio. A sugestão do líder surgiu depois de a maioria dos deputados estaduais deixarem claro, em uma série de audiências públicas promovidas pela Assembleia, que não aceitam o modelo híbrido proposto pela União, em que o desconto da tarifa é limitado a um percentual estabelecido pelo governo federal e o leilão decidido pelo maior valor de outorga apresentado.

Receba as principais notícias do Paraná em seu celular

“Temos um canal aberto de interlocução em Brasília por meio dos nossos 30 deputados federais, 3 senadores, o líder do Governo na Câmara, que é o deputado Ricardo Barros (PP). Portanto, há espaço para construir um modelo que compatibilize obras e tarifas justas e a Assembleia está fazendo o seu papel para que isso aconteça”, disse o deputado. “Nada será imposto de cima para baixo. O modelo ainda está sendo definido, tanto que haverá audiências públicas promovidas pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) nos dias 24 e 25 deste mês. Além disso, o governador Carlos Massa Ratinho Junior tem ótima relação com o presidente Jair Bolsonaro, a ponto de já ter sido atendido na retirada da proposta de uma nova praça de pedágio entre Cascavel e Toledo”, afirmou Hussein Bakri.

Os atuais contratos de pedágio vencem em 27 de novembro. A licitação está sendo comandada pelo Governo Federal, que, por meio do Ministério da Infraestrutura, desenvolveu um estudo preliminar sobre o novo modelo de concessão para os 3,3 mil quilômetros dos 6 lotes que formam o Anel de Integração. A União propõe o modelo híbrido, com limite no desconto à tarifa base e desempate por outorga (valor pago ao poder concedente para administrar o trecho). No entanto, o modelo de menor tarifa é defendido por grande parte da sociedade civil organizada do Paraná.

O leilão está a cargo do governo federal porque mais de 65% das rodovias a serem concedidas são federais. O projeto engloba, no entanto, mais mil quilômetros de rodovias estaduais, cuja administração precisaria ser delegada à União por lei aprovada pela Assembleia. Deputados contrários ao modelo prometem dificultar a aprovação desta delegação caso a proposta de edital híbrido seja mantida. Os deputados pretendem, ainda, pedir a tramitação com urgência de projeto de lei que obriga que concessões estaduais sejam feitas sempre pelo modelo da menor tarifa. Para evitar que a Assembleia obstrua as novas concessões, Bakri tenta articular essa negociação direta entre deputados e o Ministério da Infraestrutura.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]