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Governador Ratinho Junior e autoridades se saúde, segurança e infraestrutura, na coletiva sobre o fim dos contratos de pedágio.
Governador Ratinho Junior e autoridades se saúde, segurança e infraestrutura, na coletiva sobre o fim dos contratos de pedágio.| Foto: Jonathan Campos / AEN

No último dia de contrato de metade das concessionárias de pedágio que atuam no Paraná, o governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD) detalhou como funcionará a força-tarefa dos órgãos estaduais e federais para o atendimento ao usuário no período de cerca de um ano em que as rodovias ficarão sem administração privada. Secretaria de Estado da Infraestrutura, da Saúde, da Segurança e Polícia Rodoviária Federal trabalharão juntas para manter a conservação das vias, o atendimento ao usuário e a segurança de quem trafegar pelo Anel de Integração do Paraná a partir da 0h deste sábado. Para isso, o Estado deve recrutar cerca de 1.100 policiais militares, da ativa (em diárias extrajornada) ou da reserva (com gratificação por serviço voluntário), e contratar 54 novas ambulâncias para o Siate e o Samu. As informações foram passadas durante entrevista coletiva nesta sexta-feira (26).

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As operações incluem serviços de guinchos mecânicos, ambulâncias, inspeção de tráfego, atendimentos em casos de acidentes ou paralisação das pistas, canalização de fluxo nas praças de pedágio, entre outros serviços. Eles serão prestados nos 2,5 mil quilômetros de rodovias estaduais e federais que compõem o Anel de Integração até o início das novas concessões.

“Estamos virando uma página e buscando uma nova solução para a história do Paraná. Esse período de hiato será marcado pela vigilância e pelo cuidado dessas rodovias extremamente importantes, artérias que atravessam o Paraná. E por isso precisamos ter um trabalho de atenção e dedicação de todos os órgãos para que o período de transição entre contratos já marque uma vida nova”, afirmou o governador.

O Estado já abriu edital de licitação para a contratação do serviço de guincho nas rodovias. Até a conclusão do pregão e a contratação das empresas, o serviço será prestado pela Polícia Militar do Paraná. A PM fará, no entando, apenas a desobstrução da pista, para manter o fluxo das rodovias. A retirada do veículo do local será de responsabilidade dos usuários. Em casos de falhas elétricas ou mecânicas, o motorista também deverá fazer a sinalização e afastamento do veículo para não atrapalhar o tráfego.

“Para a prestação deste serviço, nos utilizaremos de duas ferramentas de mobilização de efetivo: trazer policiais interessados em fazer diárias extrajornadas, em seus períodos de folga e lançar edital para recrutar policiais da reserva no modelo das escolas cívico-militares. Estaremos colocando 1.100 policiais para esse atendimento, disse o secretário de estado da Segurança Pública, Coronel Marinho. “Mas precisamos adequar a cultura do motorista também. Ele não estará mais rodando em uma rodovia pedagiada, estará em uma via pública, a responsabilidade é dele. Tem gente, hoje, que viaja de Curitiba a Foz do Iguaçu sem macaco no carro, porque sabe que se furar um pneu pode acionar a concessionária. Não será assim”, advertiu.

A maior parte do Anel de Integração – 1,8 mil dos 2,5 mil quilômetros de rodovias – é federal. Nesses trechos, o patrulhamento é feito pela Polícia Rodoviária Federal, que também reforçou a sua estrutura para atendimento após o fim das concessões. O efetivo será de 40% a 100% maior, com presença estratégica nos trechos que demandam maior atenção — tais como praças de pedágio e locais onde foram registradas mais ocorrências. “Estamos acompanhando a transição para fazer um policiamento ostensivo em todo o Anel, tanto para a segurança pública como para a viária. A PRF trabalha com inteligência, uso de tecnologia e tem os equipamentos necessários para prestar um bom serviço”, explicou o superintendente regional da Polícia Rodoviária Federal do Paraná, inspetor Paim, que informou que a contratação de diárias de policiais de folga e a convocação de reforço de outros estados da Federação serão a estratégia para ampliar o efetivo.

Na questão do socorro médico, o secretário estadual da Saúde, Beto Preto, afirmou já haver resolução da pasta para a contratação de 38 novas ambulâncias para o Samu, a serem distribuídas, por georreferenciamento, pelas localidades de maior demanda histórica, para uso prioritário no atendimento às estradas. Além disso, o socorro médico contará, também com 16 novas ambulâncias para o Siate, do Corpo de Bombeiros. “Estamos ampliando nossa capacidade em 15%, cobrindo todo o estado, num investimento mensal de R$ 2,77 milhões para o atendimento em rodovias. Os recursos serão repassados aos consórcios municipais de saúde e às prefeituras para a habilitação dos novos serviços”, explicou.

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