O Ministério Público do Paraná deflagrou, nesta quarta-feira (16), a segunda fase da Operação Metástase, que investiga diversos crimes de lesão ao erário em Umuarama, no Noroeste do estado, relacionados com o enfrentamento da Covid-19. Nesta segunda fase, foram cumpridos cinco mandados de prisão preventiva, cinco de busca e apreensão e cinco de sequestro de veículos.
As principais notícias do Paraná pelo WhatsApp
A Operação Metástase investiga a atuação de uma organização criminosa suspeita de praticar os crimes de peculato e falsidade ideológica a partir de desvios na área da saúde no Município de Umuarama, além de fraudes em licitações e em contratações diretas, direcionando as compras públicas a empresas ligadas ao grupo, bem como superfaturamentos e corrupção ativa e passiva.
Dois dos cinco mandados de prisão referem-se a investigados que já estavam presos desde a primeira fase da operação, e três vinculam-se a outros investigados que não haviam sido alvo de mandados de prisão na primeira etapa. As buscas foram cumpridas nas residências dos investigados e nas sedes das empresas, para a obtenção de documentos que sirvam para a confirmação das provas já produzidas a partir de diligências de campo, interceptações telefônicas e quebras de sigilos bancário, fiscal e telemático.
As investigações revelaram a possível existência de duas empresas de fachada utilizadas por servidores públicos e dirigentes de uma entidade hospitalar filantrópica de Umuarama (Associação Beneficente Noroeste do Paraná – Norospar) para emissão de notas fiscais frias e desvio de recursos públicos. Segundo as apurações, as duas empresas teriam sido responsáveis por emitir R$ 2,5 milhões em notas frias, sendo R$ 1,7 milhões relativos a supostas obras e serviços de reformas não executados e R$ 816 mil referentes a materiais hospitalares (como luvas cirúrgicas e máscaras) que não foram fornecidos.
Com autorização judicial, houve o sequestro e apreensão de cinco veículos dos investigados, com vistas a buscar a garantia de reparo dos danos causados ao patrimônio público pelos desvios praticados. Os bens deverão ir a leilão, podendo ser utilizados temporariamente por autoridades de segurança até que sejam leiloados. Em nota, o Hospital Noropar afirma estar colaborando com o Ministério Público para elucidar os fatos investigados. “É de interesse total da instituição que todas as nuances do caso sejam devidamente apuradas, com vistas à recuperação de patrimônio que restar comprovadamente desviado”, diz a nota, que informa, ainda, que o funcionário preso nesta quarta-feira estava afastado de suas funções desde o dia 5 de maio, data da primeira fase da operação.
-
Órgão do TSE criado para monitorar redes sociais deu suporte a decisões para derrubar perfis
-
Relatório americano divulga censura e escancara caso do Brasil ao mundo
-
Mais de 400 atingidos: entenda a dimensão do relatório com as decisões sigilosas de Moraes
-
Lula afaga o MST e agro reage no Congresso; ouça o podcast
Reintegrado após afastamento, juiz da Lava Jato é alvo de nova denúncia no CNJ
Decisão de Moraes derrubou contas de deputado por banner de palestra com ministros do STF
Petrobras retoma fábrica de fertilizantes no Paraná
Alep aprova acordos para membros do MP que cometerem infrações de “menor gravidade”
Deixe sua opinião