O partido Progressistas (PP) realizou, neste sábado (12), grande evento de filiação em Curitiba. Com a chegada dos deputados federais Christiane Yared, Evandro Roman e Pedro Lupion e dos estaduais Guto Silva e Tião Medeiros, o partido consolida-se como a segunda principal força política do Paraná, com menos parlamentares apenas que o PSD, do governador Carlos Massa Ratinho Junior. O governador, inclusive, participou do evento do partido aliado: ouviu da presidente estadual do PP, Maria Victória, o compromisso de estarem juntos nas eleições de outubro, mas já sentiu, também, que terá que abrir espaço para o partido em sua chapa majoritária.
A reivindicação do PP é a candidatura ao Senado e, por isso, o partido foi buscar Guto Silva, ex-chefe da Casa Civil de Ratinho, que pleiteia a candidatura ao Senado e deixou o PSD do governador justamente para facilitar a acomodação de aliados na chapa. “Estamos alinhados ao governador Ratinho Junior e ao presidente Bolsonaro. Vamos caminhar juntos nesta eleição e a presença dele aqui no nosso evento é prova disso. O Guto Silva, vindo para nosso partido, terá todo nosso apoio para viabilizar sua candidatura ao Senado”, disse Maria Victoria. “Nós vamos construir o ambiente favorável para a candidatura dele ao Senado. Todo o esforço que estamos fazendo é para, com harmonia, chegar ao final das nossas articulações com essa candidatura”, emendou o deputado federal Ricardo Barros, pai de Maria Victória e líder do governo Bolsonaro na Câmara.
Guto Silva reconheceu que o tamanho do PP e a posição que o partido ocupará na eleição de outubro foi um dos fatores que pesaram para sua decisão. “Eu tinha duas condições para vir ao PP: a garantia de apoio ao Ratinho Junior e a possibilidade de construir minha candidatura ao Senado. E o partido está me dando isso. É um partido que me dá condições, um partido grande, com muita representação em Brasília. O PP já está definido com Ratinho e Bolsonaro e eu estou muito animado em ser uma peça importante nesse xadrez político”, disse o deputado, que acredita poder ser decisivo para a aliança entre Ratinho e Bolsonaro sendo o candidato ao Senado de um partido bolsonarista na chapa do governador.
Os demais deputados que se filiaram ao PP neste sábado destacaram a posição já definida do partido (enquanto várias legendas ainda discutem alianças e federações) e o cálculo do quociente eleitoral como os principais fatores que os levaram à nova legenda. “Achei que o PTB já não oferecia mais as condições que eu entendo necessárias para continuar no partido e o PP é um partido que vem crescendo muito, que conseguiu construir uma bandeira de união e tem princípios que eu acredito, como a defesa da dignidade da pessoa humana, a propriedade privada e a livre iniciativa”, disse Tião Medeiros, que não teme a disputa interna pelas cadeiras do partido nos parlamentos. “Isso é natural, todo partido grande vai ter uma disputa maior, mas é melhor estar disputando vaga em time grande, em time vencedor”, disse.
Pedro Lupion reafirmou que trocou o União Brasil pelo PP porque precisava ter certeza que estaria filiado a um partido que apoiasse a reeleição de Jair Bolsonaro (PL) e de Ratinho Junior. “Trabalhei bastante para chegar neste momento. O partido está no mesmo espectro ideológico que a gente, trabalhando pelos mesmos candidatos. Isto nos dá tranquilidade”, disse o deputado federal, que levou para o PP vários prefeitos do antigo DEM de sua base politica. Lupion, no entanto, disse que está chegando a hora de Ratinho Junior definir seu candidato a presidente. “Um hora ele vai precisar decidir. Na política, tem hora que é preciso tomar posição. É natural que, nesta polarização que está hoje entre o presidente e nosso principal adversário, o governador tenha a possibilidade de escolher. Eu sei que nosso adversário, no Paraná, não se cria. Acho que será mais confortável para ele ficar com o Bolsonaro”.
Evandro Roman, que deixou o Republicanos, disse que procurou um partido mais forte. “Uma das coisas que Brasilia ensina é que você tem que estar em um partido forte. Um partido que se una nas votações e consiga entregar resultados sendo quando é situação ou quando é oposição. O PP hoje tem isso. É um partido forte, robusto e coeso, que dará muita força para nós, novos, que estamos chegando em Brasília”.
Já Chrsitiane Yared disse que sua decisão de trocar o PL pelo PP foi baseada na estratégia eleitoral. “É uma questão estratégica. O PL vai inchar muito. Então estou vindo para o partido mais próximo do governo. E acredito que aqui, no PP, teremos maiores oportunidades de tocar nossos projetos para o estado”, disse, lembrando que, por conta da filiação do presidente Bolsonaro, o PL deve ser um dos partidos que mais receberá parlamentares nesta janela partidária.
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