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Jair Bolsonaro e Ratinho Junior cumprimentando o vice-prefeito de Curitiba, Eduardo Pimentel, antes da Marcha para Jesus
Jair Bolsonaro e Ratinho Junior cumprimentando o vice-prefeito de Curitiba, Eduardo Pimentel, antes da Marcha para Jesus| Foto: Jonathan Campos / AEN

Depois de alguns desencontros em agendas recentes do presidente da República no Paraná, o governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD) não desgrudou de Jair Bolsonaro (PL) na visita presidencial a Curitiba para participação na Marcha para Jesus. Ratinho recepcionou o presidente na sexta-feira (20), o levou para jantar, teve reunião fechada com Bolsonaro e esteve a seu lado nas duas aparições públicas de sábado (21): no encontro com líderes religiosos no teatro Gauirinha e no carro de som durante a Marcha. Tudo isso depois de, na manhã de sexta-feira, ter declarado, pela primeira vez, que, se tiver autorização de seu partido, apoiará a reeleição de Bolsonaro em outubro.

A declaração e a agenda conjunta no fim de semana foram os principais gestos do governador, até o momento, para a consolidação da aliança eleitoral entre os dois chefes de Executivo. Enquanto o PSD ensaiava sua candidatura própria à Presidência da República, ou mesmo, negociava com outros pré-candidatos, Ratinho Junior esquivou-se do assunto e dos encontros com o presidente. A falta de posicionamento do governador levou o PL, inclusive, a lançar a pré-candidatura do deputado federal Filipe Barros ao governo – pré-candidatura que tende a ser retirada com a confirmação da aliança.

Um dos principais articuladores da costura política é o deputado federal Paulo Martins (PL), pré-candidato ao Senado e nome de consenso entre os apoiadores de Ratinho Junior e de Bolsonaro para colocar o partido do presidente em posição de destaque na chapa do governador. O deputado esteve com Bolsonaro e Ratinho durante a Marcha Para Jesus e confirma que a aliança está se solidificando. “As coisas estão se consolidando do ponto de vista eleitoral, porque politicamente e institucionalmente, todos sabem da parceria entre o governador e o presidente. Talvez este seja o governo federal que tenha sido mais presente no Paraná. Todos os pleitos do estado sempre foram colocados em alto nível. Essa parceria de gestão já ocorria e é natural que se desdobre em aliança eleitoral, claro, respeitando o tempo de cada partido”, disse.

Outro deputado presente no evento de sábado, o líder do governo Bolsonaro na Câmara, Ricardo Barros (PP), também saiu confiante do encontro. “A parceria Bolsonaro/Ratinho está consolidada e seguirá se fortalecendo ao longo da campanha”, afirmou.

Para Paulo Martins, Ratinho Junior deixou claro o caminho que quer seguir na eleição de outubro. “Foi mais do que um sinal, houve uma declaração pública. Com a ressalva da liberação do partido, que ele não quer confrontar, mas esses gestos sinalizam publicamente aquilo que, certamente, é a vontade do governador”, disse.

Se Ratinho Junior deu todos os sinais para a parceria eleitoral com Bolsonaro, não houve, desta vez, reciprocidade pública por parte do presidente, que sequer citou o governador em seus discursos. Mas Paulo Martins disse que o presidente trabalha pela aliança. “Temos a pré-candidatura do Filipe Barros, que é um quadro muito leal ao presidente, ideologicamente muito alinhado, mas sinto no presidente a vontade de fazer essa aliança, para ir além do público que já tem o voto convicto na direita”, comentou.

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