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Segundo turno em Ponta Grossa
Mabel Canto (PSC) e Professora Elizabeth (PSD)| Foto: Orlando Kissner/Alep e divulgação

Único município do Paraná que terá 2º turno das eleições municipais, no próximo dia 29 de novembro, Ponta Grossa vive uma disputa acirrada na definição da nova prefeita. Mabel Canto (PSC) e Professora Elizabeth (PSD) chegaram ao segundo turno com uma diferença de apenas 10 mil votos, numa eleição em que participaram 184 mil eleitores. Quem pode ser decisivo na disputa é o terceiro colocado, Márcio Pauliki (SD), que recebeu 44,3 mil votos, ficando menos de cinco pontos percentuais atrás de Elizabeth.

O apoio de Pauliki é cobiçado pelas duas chapas, e o ex-candidato sabe de seu “valor”. Além de poder influenciar seu eleitorado, a decisão de Pauliki levaria para uma das candidatas o apoio da maior coligação nas eleições de Ponta Grossa. A campanha da escolhida pelo empresário poderá ganhar o reforço de dez partidos. Além do Solidariedade, Republicanos, PTB, PSL, PL, Pros, PRTB, PTC, DEM e Patriota estavam na coligação do terceiro colocado.

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Pauliki é mais próximo ao grupo político que lançou Mabel Canto, tendo negociado, inclusive, uma composição com este grupo antes das convenções partidárias, mas adotou um discurso mais à direita, buscando o eleitorado do presidente Jair Bolsonaro, enquanto a chapa de Mabel tem partidos como PDT e PSB, e o apoio declarado e engajado do deputado federal Aliel Machado (Rede), que faz oposição ao bolsonarismo na Câmara.

Pauliki também é adversário político do prefeito Marcelo Rangel (PSDB), o que dificultaria sua adesão à chapa de Elizabeth, atual vice-prefeita. Mas aí entra o governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD), que pode atuar diretamente para influenciar a decisão de Pauliki em favor da candidata de seu partido.

Com todas essas variáveis, Pauliki vem conversando com seu grupo político e marcou para a próxima segunda-feira (23) o anúncio de seu posicionamento sobre o segundo turno das eleições.

Em Ponta Grossa, PT declara apoio, mas é rejeitado

Enquanto as duas candidatas que disputam as eleições em Ponta Grossa cobiçam o apoio de Pauliki, a declaração de apoio do PT no segundo turno causou uma reação inusitada: a rejeição da candidata apoiada. Depois de terminar na última posição entre as cinco candidaturas a prefeito, com Professor Edson, que recebeu 1,79% dos votos válidos, e não eleger nenhum vereador na cidade, o PT declarou apoio a Mabel Canto. A candidata, no entanto, foi a público recusar o apoio. “Eu fui pega de surpresa e estou indignada com uma nota que vi na imprensa de que o PT indicava voto para a minha candidatura, que estava me apoiando. Quero dizer que nunca conversei com nenhum dirigente do PT, não sei quem é essa pessoa que assinou essa nota, não tenho nenhum alinhamento com o PT, não comungo de muitos pensamentos e muitas coisas que aconteceram na história deste partido. Eu vou dialogar sempre com as pessoas, vou governar para todos os pontagrossenses e vou respeitar a todos, independente do posicionamento político, mas não tenho alinhamento com esse partido e não recebo, neste momento, nenhum apoio do Partido dos Trabalhadores”, declarou, em vídeo, a candidata.

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