Apenas 4 dos 30 deputados federais paranaense votaram contra o projeto que altera a Lei de Improbidade Administrativa, aprovado na última semana, pela Câmara dos Deputados e que, segundo membros do Ministério Público, do Judiciário e de entidades que fiscalizam a transparência pública, contém dispositivos que enfraquecem o combate à corrupção no país - dificultando a responsabilização de agentes públicos por eventuais irregularidades cometidas. Veja como cada um votou no fim deste conteúdo.
Cadastre-se e receba notícias do Paraná pelo WhatsApp
A proposição teve amplo apoio da bancada governista e da oposição e passou sem dificuldades, com 408 votos favoráveis e 67 contrários. Agora, o texto será submetido à apreciação do Senado.
Dos 30 deputados paranaenses, 24 votaram favoravelmente ao projeto. Apenas os deputados Diego Garcia (Podemos), Gustavo Fruet (PDT), Paulo Martins (PSC) e Sargento Fahur (PSD) votaram contra. Aliel Machado (PSB) e Toninho Wandscheer (Pros) não estavam presentes na sessão.
“Não podemos, de forma alguma, fragilizar as leis para enfrentar a corrupção, mas sim endurecê-las. É muito fácil dizer que combate a corrupção no púlpito ou nas redes sociais, com o intuito apenas de ganhar votos. É necessário viver isso na prática e estar atento ao que se está votando nas sessões. Acredito que quem está ocupando cargo público deve ter a consciência da responsabilidade que assumiu e não ter medo de leis. Quem não deve não teme”, declarou Diego Garcia.
“Fui prefeito de uma das maiores cidades do país com a lei antiga, que é mais rígida. Não tenho nenhum processo por improbidade. O problema não está nos procedimentos legais”, afirmou Gustavo Fruet. “O texto trazia alguns aprimoramentos, mas também alguns retrocessos. Por isso avaliei que não valia a pena aprovar”, disse Paulo Martins.
A aprovação por ampla maioria, com votos da bancada governista e de parlamentares que foram eleitos sob a bandeira do combate à corrupção, no entanto, não surpreendeu o deputado do PSC. “Fosse o governo outro, a votação seria a mesma”.
Uma das deputadas paranaenses mais próximas do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), Aline Sleutjes (PSL) deixou claro que a votação foi acordada. “Votei pela orientação do partido e do governo”, afirmou.
Confira como votou cada deputado paranaenses
Favorável
- Aline Sleutjes (PSL)
- Aroldo Martins (Republicanos)
- Boca Aberta (PROS)
- Christiane Yared (PL)
- Enio Verri (PT)
- Felipe Francischini (PSL)
- Filipe Barros (PSL)
- Giacobo (PL)
- Gleisi Hoffmann (PT)
- Hermes Parcianello (MDB)
- Leandre (PV)
- Luciano Ducci (PSB)
- Luisa Canziani (PTB)
- Luiz Nishimori (PL)
- Luizão Goulart (Republicanos)
- Pedro Lupion (DEM)
- Ricardo Barros (PP)
- Roman (Patriota)
- Rossoni (PSDB)
- Rubens Bueno (Cidadania)
- Sergio Souza (MDB)
- Stephanes Junior (PSD)
- Vermelho (PSD)
- Zeca Dirceu (PT)
Contra
- Diego Garcia (Podemos)
- Gustavo Fruet (PDT)
- Paulo Martins (PSC)
- Sargento Fahur (PSD)
Ausentes
- Aliel Machado (PSB)
- Toninho Wandscheer (PROS)
Reintegrado após afastamento, juiz da Lava Jato é alvo de nova denúncia no CNJ
Decisão de Moraes derrubou contas de deputado por banner de palestra com ministros do STF
Petrobras retoma fábrica de fertilizantes no Paraná
Alep aprova acordos para membros do MP que cometerem infrações de “menor gravidade”
Deixe sua opinião