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Detalhes (tão imensos)
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A edição deste mês da Revista de História da Biblioteca Nacional destaca a II Guerra mundial – 70 anos depois. E, como sempre, é recomendada pelo professor Afronsius. A revista, é claro.

Sobre o conflito, chamou a atenção para certos detalhes, como no caso das bombas sobre Hiroshima e Nagasaki. A primeira, lançada no dia 6 de agosto de 1945, batizada Little Boy, tinha 3 metros de comprimento, 71,1 centímetros de diâmetro e 4,4 toneladas de peso. O detalhe: era um artefato nuclear de urânio.

Já segunda, a Fat Man, caiu sobre Nagasaki dia 9 de agosto, era uma bomba de plutônio.

– Como certas coisas ficam no rodapé da história, sempre é bom lembrar. Ou relembrar.

Feita a observação, citou um filme/documentário, que o pegou de surpresa quando estava (de passagem) pelos Estados Unidos: Farewell to Manzanar (Adeus a Manzanar), de John Korty. Baseado no livro do mesmo nome, de James e Jeanne Wakatsuki Houston, que saiu publicado em 1972, foi produzido em parceria com a rede NBC. Atores: Yuki Shimoda, Nobu McCarthy e Dori Takeshita.

Ganhou, inclusive, o Prêmio Humanitas e seria indicado para o Emmy como melhor roteiro adaptado, categoria drama.

Do amarelo ao perigo vermelho

O professor Afronsius estava em Atlanta. Recorda que, no quarto do hotel, cansado de ficar olhando para a parede, ligou a TV. E foi fisgado pelo filme.

A história: a vida em um dos campos de concentração nos EUA para japoneses e descendentes, durante a II Guerra. No caso, era a temporada do “perigo amarelo”. Viria, depois, o “perigo vermelho”, por supuesto.

Com o ataque japonês a Pearl Harbor, no dia 7 de dezembro de 1941, o governo americano tratou de isolar possíveis inimigos internos, notadamente na Costa Oeste. Oceano Pacífico.

No mesmo dia, o FBI “recolheu” milhares deles, começando por 2.192 descendentes de japoneses. No dia 19 de fevereiro de 1942, o presidente Franklin Delano Roosevelt assinaria a Ordem Executiva 9066, dando carta branca ao secretário de Defesa para fixar áreas militares e excluir “qualquer ou todas as pessoas” de tais regiões.

Autorizou-se também a instalação dos chamados “campos de relocalização”, a partir da Autoridade de Relocalização de Guerra (War Relocation Authority).

Foram, então, relocalizados à força pelo menos 120 mil norte-americanos “nikkeis”, dois terços já cidadãos norte-americanos. Os demais não puderam obter cidadania em face de uma lei federal. Mais de 110 mil pessoas foram recolhidas a 10 campos de concentração localizados em pontos distantes da costa.

Memórias de Manzanar

Jeanne Wakatsuki, coautora do livro Farewell to Manzanar, nasceu em 1934, em Inglewood, Califórnia. A mais nova de dez crianças, passou a infância no Sul daquele estado. Junto com a família, foi levada para Manzanar. Em 1945, liberada. Jeanne conheceu James D. Houston quando cursava a Universidade Estadual de San Jose, também na Califórnia. Casaram-se em 1957 e tiveram três filhos.

Certo dia, em 1971, um sobrinho que nasceu em Manzanar pediu a ela que contasse como era o campo, já que seus pais se recusavam a tocar no assunto. Ao recordar alguns episódios, decidiu colocar tudo no papel. Com auxílio do marido, Jeanne Wakatsuki Houston escreveu, então, Farewell to Manzanar.

Morte em Londrina

Em abril de 2002, a imprensa fez um breve registro da morte de Nobu McCarthy, atriz canadense que atuou no filme sobre Manzanar. Estava com 67 anos e participava das filmagens de Gaijin 2, de Tizuka Yamasaki, no Norte do Paraná, mais precisamente em Londrina.

ENQUANTO ISSO…

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