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Open Finance: segurança em primeiro lugar

Marcos Cavagnoli*

4ª etapa do Open Finance

Open Finance: segurança em primeiro lugar

18/02/2022 19:17
Dezembro marcou o início, ainda em fase de testes, da quarta etapa do Open Finance. A chegada desse momento nos aproxima ainda mais de uma realidade inteiramente nova para o mercado financeiro, que será pautada – pelo menos do lado do cliente – por mais customização, praticidade, eficiência e tecnologia. No Itaú BBA, o novo sistema aberto significa muitas oportunidades, e estamos nos preparando com afinco para aproveitá-las.
A nosso favor pesa o perfil digital da empresa, bem como do setor financeiro como um todo. Sim, tão logo a internet ganhou a vida da população e o número de usuários na grande rede foi aumentando, o mercado se adaptou para inserir a tecnologia ao business core. Lá atrás, portanto, já trabalhávamos para levar praticidade e eficiência aos clientes. Agora, com o Open Finance, chegou a vez de elevar o patamar desses atributos a um nível nunca visto, acrescentando ainda elevado grau de customização.
Divulgado este ano, o estudo Transformações digitais no Brasil: insights sobre o nível de maturidade digital das empresas no país reforça minhas palavras. Produzido pela consultoria McKinsey, a pesquisa entrevistou 124 empresas de grande e médio porte de diversos setores para mensurar a maturidade digital das organizações brasileiras, apontando as financeiras como as de grau mais elevado por aqui.
Interessante notar que o setor financeiro ficou à frente de segmentos notoriamente conectados à internet, como Varejo, Telecomunicações e, por mais que incrível que possa parecer, até mesmo o de Tecnologia. Dimensões como estratégia, capacidade, organização e cultura foram analisadas e, em todos elas, nossa indústria obteve a melhor avaliação.
O mercado também apresenta elevada consciência sobre o potencial de mudança que a transformação digital representa e busca alavancar a grande quantidade de informações e a ampla experiência em data analytics para avançar na aplicação de modelos estatísticos sofisticados. Na amostra, 82% das empresas de serviços financeiros têm nota superiores nesses quesitos frente à média nacional (35%).
Essa informação é particularmente relevante porque, para entregar customização e abraçar as múltiplas oportunidades previstas no Open Finance, precisaremos ser capazes de atuar com inteligência e transparência nessas duas frentes, uma vez que o universo de dados à disposição será muito grande – após consentimento dos usuários, é bom ressaltar.
Para trafegar essas informações entre elas e integrar seus servidores, primeiramente, as instituições financeiras farão uso de APIs abertas, aumentando bastante os pontos de contato de fluxo de dados. Aqui, entra em cena um pilar do Open Finance: a segurança. E, para falar sobre esse atributo, há dois aspectos para serem analisados.
Primeiro, o regulatório. O Open Finance nasceu com regras claras: o compartilhamento de dados é regulamentado pelo Banco Central, que estabelece as diretrizes de funcionamento de todos os processos. Como exemplo, posso citar a determinação de quais informações podem ser compartilhadas e por quanto tempo cada autorização deve durar (prazo de 12 meses). Ou seja, sua privacidade estará sempre garantida!
O outro aspecto é a segurança da informação. No Itaú BBA, investimos dezenas de milhões de reais por ano para garantir a integridade dos dados dos clientes, envolvendo ainda centenas de profissionais de TI. Internamente, brincamos que temos um supercofre digital, tamanha é a camada de segurança que nosso sistema detém.
O pilar segurança é nativo do Itaú BBA, faz parte da nossa cultura. Por isso,cada empresa encontrará no Open Finance os mesmos padrões de sigilo e segurança dos nossos demais produtos e serviços.
Com a chegada do Open Finance, será crítico escolher a empresa que oferta segurança e sigilo. Nossa maturidade digital, nossos investimentos e, principalmente, nossas pessoas podem garantir esses dois atributos para todas as companhias. Não é uma promessa. É fato!
*Marcos Alexandre Pina Cavagnoli é Diretor no Grupo Itaú Unibanco desde 2020, atuando como responsável por Digital Cash Management desde 2019. Atuou também como Managing Director e CEO de áreas de negócio no Brasil e América Latina ligadas a Digital Banking, Pagamentos, Trade Services e Cash Management, em empresas como Adiq, 4Finance, Koin, PayU LatAm, JPMorgan, Citi, DaimlerChrysler e Alstom. É bacharel em Engenharia de Materiais pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP); tem especialização em Engenharia Industrial pela E.S.S.A de Paris e MBA Executivo pelo Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (IBMEC).

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