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Agenda para todos os gostos nos carnaval de Curitiba.
Agenda para todos os gostos nos carnaval de Curitiba.| Foto: Marcelo Andrade/Arquivo Gazeta do Povo

Por muitos anos, ficou no imaginário do brasileiro, a sensação de que o país somente funciona após as festividades de carnaval. Afinal isso tem um ‘Q’ de verdade ou é apenas uma expressão popular para tapar a falta de comprometimento por parte de empresas, prestadores de serviços e da classe política e de alguns setores públicos?

Na minha visão, esse imaginário foi criado por parte da sociedade que vê na festa algo que não se encaixa em seu cotidiano ou aos seus negócios. Fazendo uma reflexão, a de se convir que entre as festas de fim de ano e o carnaval, temos inúmeros outros fatores que compõe o pacote de pausa por parte dos brasileiros. A entrada do Verão, estação que pede uma pausa para a maioria das famílias, as férias escolares, o recesso de funcionários públicos, a pausa exigida após um intenso período festivo, que é o fim de ano e por aí vai. Então é um tempo propício para o descanso.

Contudo a economia fica parada? Não necessariamente. Assim como tem gente em férias, tem milhões de outras pessoas que precisam trabalhar para atender a esse público, principalmente focado ao turismo como hotéis, bares, restaurantes, indústria da bebida, de cosmético focado para o verão entre muitos outros. Ou seja, não há uma parada, existe picos de atendimento entre um setor e outro, a alta temporada. O que seria por exemplo, de muitos municípios praianos se não existisse o período de alta temporada entre as festas de fim de ano e carnaval?

Agora, falando especificamente da festa, é inegável ainda que o carnaval deixou simplesmente de ser uma comemoração que antecede a ‘Quaresma Católica’, para ser trabalhado como produto turístico no Brasil. São milhões de empregos criados para esses dias de samba no pé. E mais uma vez uma outra área da economia se beneficia deste momento, muitas vezes com trabalhos realizados ao longo do ano.

Para nós aqui do Sul do país, talvez, isso não fique tão forte, porque não está em nosso DNA, ‘pular carnaval’. Conheço empresas do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, por exemplo que em seus calendários trabalham normalmente no Carnaval, porque para eles é a maneira de manter os seus negócios rentáveis e a festa em si não é o que agrega em suas contas.

A reflexão que a data nos traz é a de que: a economia precisa girar em qualquer época do ano e ela gira. Dizer que o país só funciona após as festividades do carnaval, me parece uma desculpa para quem deseja protelar atividades que deveriam ser feitas em sua própria agenda. Pensemos nisso e bom carnaval, é claro!

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