Coincidências da vida: justamente no dia em que eu me vejo aprovando comentários do tipo “A igreja católica por muito tempo manteve para si o conhecimento gerado por inúmeros cientistas, astrônomos, físicos, químicos que discordavam das teses e tentavam demonstrar cientificamente o que hoje sabemos que é fato. Alguns deles queimaram nas fogueiras da inquisição”, e também “no auge do seu poder a igreja católica estagnou qualquer conhecimento científico, inclusive condenando muitos à fogueira por isso”, meu porteiro me avisa que havia um pacote para mim. Era do meu informante no Vaticano, que havia finalmente conseguido a lista completa de todos os cientistas que a Igreja matou por causa de suas pesquisas. Material inédito, jamais publicado na internet. Nitroglicerina pura.
Então, sem mais delongas. Segue, em ordem cronológica de incineração, o nome do cientista, data e local da execução, e a teoria científica pela qual o sujeito pagou com a vida:
É isso aí, sem tirar (até porque nem tem o que tirar, não é mesmo?) nem pôr. Chocante, não?
“Ah, e o Galileu?” Bom, ele não foi condenado à morte pela Inquisição, morreu velho, de causas naturais. “E o Giordano Bruno?” Bom, esse realmente foi queimado na fogueira, mas não por suas teorias científicas (aliás, na época dele boa parte das tais afirmações “científicas” eram basicamente Filosofia, e não ciência experimental), e sim por suas afirmações no campo da fé, como qualquer um que tenha lido o capítulo 7 de Galileo goes to jail and other myths on science and religion sabe.
E, como hoje é sexta, deixo vocês com os melhores momentos da Inquisição Espanhola:
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