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O poder das comunidades virtuais
Monica Berlitz, fundadora do Clube da Alice, é a nova colunista do GazzConecta. Aqui ela irá falar sobre o mundo das comunidades virtuais. Na foto, Facebook Summit São Paulo, em outubro de 2019.| Foto: Divulgação

Mensalmente, 1,8 bilhão de pessoas usam os grupos do Facebook, e mais da metade de todas as pessoas que usam o Facebook são membros de cinco ou mais grupos ativos. 70 milhões de pessoas estiveram ativas no último mês liderando esses grupos na qualidade de administradores ou moderadores.

Esses dados fazem a abertura de um relatório da NYU (Universidade de Nova Iorque) que buscou abrir um diálogo sobre o papel e o impacto dos grupos online e os fatores que fazem de alguns deles comunidades de sucesso.

Sim, a palavra da moda agora nas redes sociais é “COMUNIDADE” e o senso de pertencimento que acontece nestes grupos online é tão impressionante quanto o número de participantes e líderes envolvidos neste admirável mundo novo das conexões humanas.

Durante esse estudo, os profissionais da The Gov Lab, um centro de pesquisa baseado na Escola de Engenharia Tandon, da Universidade de Nova York, entrevistaram 50 líderes de grupos do Facebook de 17 países e contaram com 26 especialistas mundiais em desenvolvimento de comunidades online.

Eu tive a honra de participar do relatório sendo um dos oito estudos de caso. Esse processo me despertou a vontade de inspirar mais pessoas a fazerem o mesmo trabalho que faço com o Clube da Alice. Afinal de contas, a maior proporção de entrevistados afirmou que o grupo mais importante a que pertencem é, na maioria das vezes, online.

Fiquei animada com o relatório pois ele confirmou o que já sabíamos na prática: as pessoas podem vivenciar um forte senso de comunidade com a participação nesses grupos. Apesar da ausência de proximidade física, os grupos online são uma forma de conectar pessoas que usam a plataforma para formar novos tipos de comunidades que seriam inviáveis em um espaço real, principalmente em tempos de distanciamento social.

Nesse espaço, iremos conversar sobre os grupos no Facebook, que são espaços na plataforma onde uma comunidade pode gerar conexões, conversar, compartilhar dúvidas, conhecimento e encontrar apoio.

A maioria desses grupos foram criados para debater sobre assuntos específicos. Uma das características em comum nas comunidades de sucesso é que elas surgiram a partir de uma dor ou do amor por algo que conecta seus participantes.

Alguns podem até ser mais genéricos, como lazer, futebol e culinária. Mas, geralmente, reúnem interesses bem particulares, como homens que criam seus filhos sozinhos. Ou, então, “surdos que ouvem”, comunidade liderada pela escritora Paula Pfeifer, que começou a perder a audição na adolescência, superou preconceitos e hoje é representante e divulgadora da causa das pessoas que utilizam o implante coclear – um dispositivo eletrônico que proporciona aos usuários sensação auditiva próxima à fisiológica. Eu a conheci quando nós, junto com o Henrique Lopes, o criador da Gina Indelicada, estivemos no palco do Facebook Summit, em 2019, para falarmos do impacto de nossas comunidades na vida dos participantes.

O evento reuniu parte da comunidade de marketing e publicidade do país no Memorial da América Latina, em São Paulo, para falar sobre inovação, empreendedorismo e impacto social dentro das plataformas do Facebook. “O nosso compromisso é dar o poder para as pessoas criarem comunidades e gerarem as oportunidades que elas precisam para se desenvolver”, afirmou Conrado Leister, diretor geral do Facebook, na ocasião.

Você pode ter ficado curioso para saber como essas comunidades se formam, como se mantém engajadas e, principalmente, se são sustentáveis. A partir de agora, vou dividir com vocês esses assuntos e histórias de comunidades maravilhosas. Tem alguma dúvida em especial? Me conta, vou amar responder.

Monica Balestieri Berlitz é fundadora do Clube da Alice e atua como community manager. @monicabberlitz

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