Circula na quinta, 17, a edição de outubro do Bom Gourmet (que tá linda, diga-se de passagem) e nela tem uma matéria minha sobre seis restaurantes, uma padaria e uma confeitaria em Curitiba que completam aniversários redondos em 2013. Um deles é o Swadisht, um restaurante indiano que está fazendo dez anos em outubro e cujo nome significa “delicioso”.
Eu diria que este é o adjetivo que melhor define a comida indiana, principalmente porque boa parte dos restaurantes indianos é vegetariana (não é o caso do Swadisht, apesar de eles terem alguns pratos só de vegetais) e, bem, como não amar uma cozinha que sabe fazer de uma simples batata um prato complexo? Talvez pelo mistério da composição do garam masala, que muda de chef para chef, eu sempre acabo sucumbindo ao ‘comer até ir embora rolando’, e não raro falho ao tentar descobrir todos os sabores. É quase um jogo!
Esta semana estive em São Paulo cobrindo duas pautas para o caderno e aproveitei para terminar as matérias que estarão na revista. Vocês devem imaginar o quanto é tentador escrever sobre comida o dia inteiro. E eu, que já tenho uma inclinação para comida apimentada, não me aguentei ao ler sobre comida indiana e fiz duas refeições em restaurantes indianos diferentes próximos à Avenida Paulista. Somando estes a dois outros endereços em Curitiba, fiz um roteirinho inicial de restaurantes indianos que conheço e aprovo. A ideia é engordá-lo conforme eu visitar outros lugares.
Leia e me conte: quais destes você frequenta? Que outros restaurantes indianos você conhece?
SÃO PAULO
Os dois restaurantes ficam a poucos passos um do outro, mas o Madhu abre das 12h às 22h30 e o Gopala Madhava apenas para almoço.
Madhu
Fast food indiano com vários combos com carne, aves ou vegetarianos. São oito opções de vegetarianos e se você escolher bem, tem como montar um vegano. É assim: você escolhe o que acompanha o prato principal, que pode ser um snack + um chutney ou uma mini-salada. Dá pra comer lá várias vezes e sempre ter uma refeição diferente.
Eu escolhi o Combo Biryani Vegetariano (R$ 19,20), com arroz com frutas secas e castanhas e como snack uma porção de batata com pimenta (no cardápio se chama Mezhukupuratti) e uma mini-salada Veggie Madhu, que leva alface, cubos de queijo minas marinados em molho feito à base azeite, rapadura, cardamomo e especiarias. Pra atolar o pé na jaca de uma vez, pedi uma porção de chutney de coco com chapati (R$ 2,10) e dois lassis de maracujá (que valem cada centavo: R$ 7,50). Esqueci de fotografar estes pratos, mas achei uma foto da salada na fan page do restaurante:
Foto: Reprodução/Facebook
O Madhu fica na Rua Augusta, 1422, a meia quadra do cinema Espaço Itaú. Acompanhe pelo facebook: www.facebook.com/madhuculinariaindiana
Gopala Madhava
Há mais de um ano me falam deste restaurante, mas todas as outras vezes que estive em São Paulo era feriado. O Gopala serve comida lactovegetariana e existe há 18 anos. Tem uns três ambientes e o mais gracinha deles é uma sala com cerca de dez mesinhas, onde você senta em uma almofada no chão. Bom pra ficar sozinha lendo um livro enquanto o prato não chega. Todos os dias há duas opções no cardápio, com salada, prato principal, acompanhamentos e sobremesa. Custa R$ 28 a inteira e R$ 21 a meia porção em dias de semana. Aos sábados, o preço sobe: R$ 33 inteiro e R$ 25 a meia porção. Fui em uma terça-feira e comi meia porção da segunda opção: kitri (risoto indiano com lentilha, coentro e espinafre), torta gratinada de milho e palmito, alu patra (um minirocambole frito recheado com batata), suco, salada e um pudim de ricota com damasco que estava simplesmente divino.
Foto: Flávia Schiochet
Foto: Reprodução/Facebook
O Gopala fica na Rua Antônio Carlos, 413, quase esquina com a Rua Augusta. Fecha aos domingos e feriados e o pagamento é apenas em dinheiro! Você pode conferir o cardápio na fan page do restaurante:www.facebook.com/gopalamadhava
CURITIBA
Curiosamente, os dois restaurantes de Curitiba também ficam próximos.
Templo ISKCON
Dos restaurantes que frequento em Curitiba, o que mais gosto não é bem um restaurante. O templo Hare Krishna, no Largo da Ordem, serve almoço lactovegetariano apenas aos domingos, a R$ 12 por pessoa. O buffet é pequeno, mas muito saboroso: umas três opções de salada e seis de pratos quentes. Se você for lá, tem que comer a batatinha. É fatiada e temperada com coentro e cominho em grãos e antes de assar, ela é marinada em creme de leite com especiarias. Os outros pratos mudam de domingo para domingo. Sempre há feijão e um guisado de legumes e arroz com alguma semente e uma das devotas passa de mesa em mesa para oferecer uma samosa assada de ricota com legumes (aceite, porque é maravilhosa). Para quem segue a filosofia Hare Krishna, todas as refeições devem ser oferecidas a Krishna primeiro, portanto, são abençoadas e purificam quem as come. O almoço servido aos domingos é encarado da mesma maneira. Se por um acaso você chegar antes de eles terminarem de servir o buffet, aguarde eles finalizarem a oferta – é um canto de mantra e uma reverência. Se não quiser participar, dê uma voltinha na Feira do Largo ou participe batendo palmas. Demonstra respeito. 😉
O templo fica na Rua Duque de Caxias, 76, e começa a servir almoço a partir das 12h30, mais ou menos, até as 15h (horário em que começa o festival de domingo, com canto de mantras e leitura do Bhagavad-Gita). Como o trabalho de cozinhar, limpar e servir é inteiramente feito pelos devotos – e às vezes alguns estão viajando – o horário para servir o almoço pode atrasar um pouquinho.
Balarama
O restaurante é o único 100% vegano da cidade e serve buffet com uma samosa frita bem gostosa e, de vez em quando, tem discos de massa fritos que ficam deliciosos com os doces tipo chutney bem apimentados, como o de banana, que comi da última vez. O buffet quente sempre tem algum ensopado que vale o repeteco. O almoço sai R$ 15 por pessoa, incluindo o suco do dia à vontade.
Foto: Facebook/Reprodução
O restaurante fica na Rua Jaime Reis, 402, e abre de terça a domingo das 11h30 às 15h30 e só aceita pagamento em dinheiro.
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