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Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo
Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo| Foto:

O texto abaixo está na minha lista de traduções desde que foi publicado e fui traduzindo aos pouquinhos por falta de tempo. Espero que se alguém cotejar o original com a minha versão em português não ache erros – mas ei, se encontrar, por favor me avise!

Ed Coffin é dietista e ativista. Uso o termo dietista no lugar de nutricionista porque são duas coisas diferentes, mas ambos profissionais entendem de dieta e de ingestão de alimentos. Neste texto de setembro de 2013 ele fala sobre uma frase comum de se escutar por aí — o de “ouvir o corpo”. Sentir vontade de comer algo, no entanto, não é precisar comer aquilo. Deixo vocês com o texto de Ed Coffin e a caixa de comentários logo mais. Adoraria saber o que os leitores acharam.

Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

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Podemos, por favor, parar de “ouvir nosso corpo”?

publicado por Ed Coffin em 18 de setembro de 2013 no Huffington Post

Claro, existem razões perfeitamente legítimas para “ouvir nossos corpos”. Por exemplo, ao notar uma dor aguda no peito ou uma reação alérgica (uma real, diagnosticada) à comida. No entanto, há muitas pessoas que fazem uma tentativa completamente irracional para justificar sua “necessidade” de consumir produtos animais usando o argumento de “ouvir meu corpo”. Como dietista, este é provavelmente um dos argumentos mais cansativos que ouço, porque é simplesmente falso.

Graças a Deus que não temos que confiar em meros pensamentos e sentimentos para determinar quais nutrientes os humanos precisam consumir para serem saudáveis. Na verdade, há uma coisa chamada método científico, e em sua forma de precisão incrível de coletar e decifrar informações. Nós o usamos para compilar décadas de pesquisas nutricionais que resultaram em recomendações estabelecidas para os nutrientes que nosso corpo precisa para prosperar.

Nós temos inclusive conseguido usar essas evidências científicas na nutrição humana para determinar que nós simplesmente não precisamos consumir produtos animais para sobreviver. A Academy of Nutrition and Dietetics (algo como uma associação de nutricionistas) “aposentou” essa questão com um único posicionamento:

“É a posição da American Dietetic Association que uma dieta vegetariana planejada, incluindo vegetarianas estritas ou veganas, são saudáveis, nutricionalmente adequadas e podem proporcionar benefícios à saúde na prevenção e tratamento de certas doenças. Dietas vegetarianas bem planejadas são apropriadas para indivíduos durante todo o ciclo da vida, incluindo gravidez, período de lactação, primeira infância, infância, adolescência e para atletas.”

Recomendações nutricionais baseadas em evidências nos mostram quais as quantidades de macro e micronutrientes que a população precisa para estar nutrida. Cabe a nós escolhermos como obter esses nutrientes, e certamente não há recomendação estabelecida para a quantidade de produtos animais que precisamos consumir porque eles não são essenciais. Nós podemos conseguir todos os nutrientes que nosso corpo requer ao consumir uma dieta totalmente “plant-based”. Isto não é propaganda ou fanatismo; é simplesmente um fato científico.

Então vamos parar de usar a desculpa de “ouvir o meu corpo”, porque é completamente falsa. Vamos ser verdadeiros e dizer “eu não estou pronto ou eu não quero virar vegano neste momento.” Existem certamente muitos debates que permeiam o estilo de vida vegano, mas se nós precisamos ou não comer produtos de origem animal para ser saudável não é um deles. Ninguém precisa “escutar seu corpo” para decidir se podem ser veganos ou não.

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Se você lê em inglês, confira outros artigos de Ed Coffin aqui.

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