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Investimento-Anjo: princípios e dicas práticas para quem quer começar

Allan Costa

Allan Costa

Allan Costa é empreendedor, investidor-anjo, mentor, escritor, motociclista e palestrante em dois TEDx e em mais de 100 eventos por ano. Co-fundador do AAA Inovação, da Curitiba Angels e Diretor de Inovação da ISH Tecnologia. Mestre pela FGV e pela Lancaster University (UK), e AMP pela Harvard Business School.

Risco e retorno

Investimento-Anjo: princípios e dicas práticas para quem quer começar

07/06/2022 00:30
Sou investidor-anjo há quase 10 anos e vi diversos ciclos de investimento em startups acontecendo no Brasil. Quando comecei, o conceito ainda não era tão difundido por aqui e até mesmo séries posteriores de investimento ainda não atraíam tanto volume como vimos acontecer nos últimos anos.
Esse tipo de investimento é extremamente arriscado e, como muitas vezes risco e retorno andam juntos, quando dá certo, pode retornar centenas de vezes o valor investido. Por isso, é preciso ter cuidado e buscar entrar da maneira correta nesta indústria.
Pensando nisso, separei aqui 3 princípios e dicas que eu mesmo gostaria de ter ouvido quando comecei como investidor anjo. É importante ressaltar que o que vou explicitar aqui não é baseado no que eu li ou no que eu ouvi falar. É baseado no que eu vivi na pele ao longo de quase 10 anos, com meus erros e acertos. Vamos lá!

1) Invista em Pessoas, não em Ideias

Sim, algumas ideias são disruptivas, mas ideias são commodity. Qualquer pessoa pode ter grandes ideias, mas entre tê-las e executá-las de forma eficiente existe um abismo. Além disso, muitas grandes startups começam com uma ideia e, conforme testam seus produtos no mercado, acabam mudando seu rumo, mais de uma vez, em um processo conhecido como pivotagem. Assim, é importante investir primeiro em pessoas. Boas ideias nas mãos de pessoas medianas, se tornarão negócios medianos. Ideias medianas nas mãos de pessoas extraordinárias, podem acabar se tornando negócios extraordinários.

2) Investimento-anjo pode (e deve) ser muito mais do que dinheiro

Para startups em estágios iniciais, capital com certeza é fundamental. Contudo, é importante pensar também em quais outras esferas você pode ajudar. É o famoso smart money, muitas vezes o capital é apenas parte da equação e o investidor ajuda abrindo portas, estruturando as próximas rodadas, ou ajudando em contratações estratégicas.

3) Tenha uma tese de investimentos

Teses muitas vezes estão mais relacionadas a fundos maiores, mas é importante que você, como investidor, crie princípios de investimento. Isso pode estar relacionado à geografia, modelo de negócios ou setor, por exemplo. Isso ajuda na tomada de decisão e faz com que você consiga diferenciar o que é sinal e o que é ruído.
Existem outras dicas também importantes, como ficar atento aos aspectos jurídicos e também não investir um dinheiro que você não pode perder. Como já mencionei, este tipo de investimento é extremamente arriscado e não é para todo mundo. Independente da sua estratégia, é importante também ter paciência e ter em mente que investimento anjo é algo de longo prazo. Querer retornos rápidos pode te fazer tomar decisões precipitadas e te tirar do jogo bem rápido.

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