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Kill your pride before you lose your head. Big boss wear crown with pride. Proud businessman grey background. Bearded man in formalwear. Pride and egoism. Pride and ambitions. Toxic ego.

Allan Costa

Allan Costa

Allan Costa é empreendedor, investidor-anjo, mentor, escritor, motociclista e palestrante em dois TEDx e em mais de 100 eventos por ano. Co-fundador do AAA Inovação, da Curitiba Angels e Diretor de Inovação da ISH Tecnologia. Mestre pela FGV e pela Lancaster University (UK), e AMP pela Harvard Business School.

Liderança

O ego é seu inimigo: como saber se ele está contra você?

21/07/2020 11:00
Uma das principais missões de um líder de uma organização é olhar para todas as métricas à sua frente e buscar compreender se existem processos a serem otimizados, custos a serem cortados e novos investimentos a serem feitos — tudo isso muitas vezes no meio de um furacão, como costuma ser o ambiente empreendedor brasileiro.
Grandes
gestores são capazes de ler
o que existe de mais importante entre siglas e
números referentes a conceitos e
métricas
. Compreender a complexidade de centenas de variáveis e saber
projetar um plano de ação baseado em todas essas informações é o que vai facilitar o caminho da equipe
em direção à missão da empresa e ao resultado que ela espera
.
Eu gostaria, contudo, de chamar atenção para uma outra métrica. Uma que não está transmitida em planilhas e nem em relatórios enviados à diretoria: o ego. O título deste texto faz referência ao do livro do autor norte-americano Ryan Holiday, em que ele demonstra, por meio de centenas de exemplos e reflexões, o quão destrutivo o ego pode ser para pessoas, carreiras e negócios.
Ego, nesse contexto, pode ser
entendido como uma fé quase cega na própria importância. Achar que o mundo
gira, ou deveria girar, em torno dos seus interesses e das suas opiniões. Um
senso de superioridade.
Por vezes, ego pode ser confundido
com autoconfiança. Em uma diferenciação simples, autoconfiança é construtiva.
Tira da zona de conforto, faz acreditar que é possível superar desafios e
impulsiona para frente, mesmo quando tudo ao redor parece desmoronar. O ego, ao
contrário, é perigoso e destrutivo por fazer com que tenhamos uma visão
distorcida de nós mesmos e das situações.
Já estive nos mais diversos contextos
de negócios. Como colaborador, empreendedor e investidor. Já vi o ego inflado
cegar pessoas com um potencial absurdo, mas que acabaram tropeçando na própria
incapacidade em administrar sua personalidade e seus desejos.
Como pontos finais, duas ações são
fundamentais para que você não deixe o ego causar cegueira e empurrar você para
fora do seu caminho.
O primeiro é ter a consciência de que somos todos aprendizes. Achar que sabe tudo ou pensar que aquilo que você conhece é suficiente caracteriza uma postura egóica. E a segunda ação é prestar atenção às histórias que você conta para si. O ego nos faz criar narrativas próprias, tão deterministas que o mundo parece ter que se adequar a elas, não importando o que os fatos nos apontem.
Considero o ego uma métrica porque é muito fácil cair nas armadilhas que ele impõe. É tentador acreditar que somos mais importantes do que os outros, que deveríamos ter mais reconhecimento, que nosso nome deveria estampar todas as divulgações. Assim como as KPIs, OKRs e CAC, é algo para termos em mente e para revisitarmos sempre quando pudermos.

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