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Despedida da NZ – Taupo e Rotorua
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Jardim Botânico de Taupo, NZ

14º dia. Saímos quebrados do Tongariro depois de 6 horas de caminhada e dirigimos para Lake Taupo, nossa próxima parada. Por causa dessas fantásticas amizades que fazemos durante a viagem, conheci o Chris na Tailândia, um neozelandês que mora na Inglaterra e nos convidou, quando chegássemos na Nova Zelândia, a visitar seus pais e ficarmos ali. Foi o que fizemos.

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Margaret preparando a deliciosa pavlova de sobremesa!

Fomos super bem recebidos pela Dona Margaret e pelo seu Bill que estavam nos esperando com a janta pronta, feita em cima das mil recomendações do Chris. O menu tinha que ser típico, com comidas tradicionais, incluindo o vinho. Ovelha, batata doce, ervilha e milho, pavlova com sorvete (uma torta de merengue sensacional), pineapple lumps (um marshmallow de abacaxi com chocolate em volta) cerveja local, vinho sauvignon blanc e um refrigerante chamado L&P, muito bom! Quer coisa melhor que ser recebido assim? E ainda com uma caminha quentinha e confortável depois de mais de 20 dias dormindo no Goon (nosso furgão alugado)? Tivemos uma noite fantástica com eles aprendendo muito sobre a cultura da NZ.

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Lake Taupo e o Tongariro ao fundo, NZ

Taupo
A pequena cidade de Taupo está ao redor do maior lago da Nova Zelândia formado há 26.500 anos após uma erupção. O lago cobre uma área do mesmo tamanho de Cingapura e por isso as atrações turísticas da região giram praticamente em torno dele. Jet boats, cruzeiros, pescarias, kayaks, além de outras opções próximas como rafting, paraquedas, voos cênicos pelos vulcões, piscinas quentes e bungy jumping. Por ser uma região vulcânica – do lago é possível ver o Tongariro e da estrada alguns vulcões soltando gases; a cidade está cheia de atrações geotermais, como hotsprings e gêiseres e piscinas de lama fervente.

Estávamos tão cansados da caminhada do dia anterior e num ritmo forte de adrenalina com baleias, golfinhos e focas que não fizemos muita coisa além de dar uma volta pela cidade e ver a Huka Falls, águas do Waikato, um rio azul com água transparente borbulhante de tanta força, que cruza a cidade – são 250 mil litros por segundo, equivalente a duas piscinas olímpicas.

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Hukafalls, Taupo

Alguns links de coisas bacanas pra fazer em Taupo:

*Hukafalls Jet

*Rapids Jets

*Orakei Korako

*Skydiving

*Taupo Bungy

*Tongariro River Rafting

*Barbary Scenic Cruises

*Huka falls river cruise

*Volcanic Activity Centre

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Vila maori em Rotorua, NZ

Rotorua, uma experiência termal e maori

“Kia Ora”! na língua Maori, do povo nativo da Nova Zelândia, significa “oi, como vai, bom dia!” Nosso 15º dia foi em uma cidadezinha chamada Rotorua de 70 mil habitantes, localizada na parte central da ilha norte, conhecida por suas fontes termais e gêiseres e onde um terço da população é maori. Para quem quer aprender um pouco sobre a história e a cultura maori, esse é o lugar.

Impossível chegar em NZ e não ouvir falar e viver a cultura maori. Rotorua é o lugar onde a cultura e a população estão mais presentes e é possível experenciar um pouco do seu modo de vida.

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Apresentação Maori em Whakarewarewa

Os maoris vieram das ilhas da Polinésia entre 10 e 800 D.C, são extremamente ligados à natureza e espiritualizados. Hoje, 80% da população da NZ tem descendência europeia e cerca de 12%, maori.

Aqui em Rotorua pudemos conhecer um pouco mais sobre eles, além de ver de perto as fontes termais e os gêiseres, ou seja, a cidade parece que está constantemente em ebulição com gases e cheiros saindo do chão, dos lagos e das montanhas. É a energia do planeta emergindo da terra!

Existem diversos lugares turísticos preparados para apresentar a cultura maori e as fontes termais na cidade. Depois de ler um pouco sobre cada um e pesquisar sobre os comentários das pessoas na internet, escolhemos um, o Whakarewarewa, uma vila maori no meio de terras ferventes, com piscinas de lama quente, águas termais e gêiseres.

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Gêiser Pohutu lançando jatos de água que podem alcançar 30 metros

O que foi legal e bem escolhido por nós é que ali é uma vila de moradores maoris mesmo, fechada, mas que recebem turistas. Vimos uma apresentação de música e dança maori, o Haka (mantra de guerra de antigamente utilizado para assustar os inimigos) muito interessante e aprendemos com um guia local como vivem e cozinham no chão e nas piscinas (já que a terra e a água são verdadeiros fornos). Experimentamos o hangi, comida feita no vapor da terra, num buraco no chão além de vermos pela primeira vez um gêiser, o Pohutu, lançando jatos de água que pode alcançar 30 metros de altura. Mais espetáculo da natureza. A única coisa não muito agradável é que a cidade fede à sulfa, mas depois acostuma. Vale a pena conhecer!

Não sei se já dei a dica antes, mas se dei vale repetir para quem não lê sempre o blog. A Nova Zelândia é um dos países que percorremos que melhor está preparado para receber turistas e em cada cidadezinha, por menor que seja, tem um centro de informação turística (todos no país estão interligados) com revistas detalhadas de cada região, mapas, folders e cupons de descontos das atrações. Além dos mapas e informações que pego nas revistas para escolher onde ir, conhecer e colocar no blog, os cupons são muito bem vindos porque dão mesmo descontos em preços caríssimos. Eu andava com revistas e mais revistas de todas as regiões que andamos e milhares de cupons. Economizamos uma grana nessa brincadeira.

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Hangi, comida feita no vapor da terra pelos Maoris

Entre as atrações que poderíamos ter ido e que no entanto escolhemos apenas uma que engloba tudo está o Te Puia – quase igual ao Whakarewarewa, porém mais turístico; e o Woai–o–Tapu uma área vulcânica de atividade geotermal. Se tiver tempo e grana, vale ir a todos, mas escolhendo bem dá para ver tudo num só lugar.

Além disso, existem os tradicionais museus, zoológicos, spas com piscinas termais, vales com piscinas naturais, água quente e vulcões como o Waikite Valley e o Waimangu Volcanic Valley. Depende sempre do interesse de cada um e do que já foi visto ou não por esse mundão!

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Fazenda dos Hobbits, casa do Bilbo, o bolseiro.

Um pouquinho da Terra média!
Nosso 16º dia foi em Matamata, uma cidadezinha de 12 mil habitantes que antes da trilogia do Senhor dos Anéis nem aparecia no mapa. Foi aqui que o diretor Peter Jackson em 1998, em um voo a procura da locação ideal para gravar a vila dos hobbits, encontrou as terras de uma família de fazendeiros criadores de ovelhas (1250 hectares) com uma árvore perfeita (party tree) ao lado do lago como o autor Tolkien havia descrito em seu livro. Foi a assim que nasceu Hobbiton, a fazenda que foi cenário do Senhor dos Anéis e agora do “The Hobbit”.

Passear por lá, mesmo que você tenha visto o filme uma vez na vida como eu, vale a pena. A fazenda é grande, mas somente uma parte foi cenário, o restante continua sendo reservado para criação de ovelhas que ainda é o principal ganha pão da família Alexander.

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Hobbiton, a fazenda do Senhor dos Anéis e do The Hobbit

Hobbiton, a “fazenda” dos hobbits está intocada esperando os fãs da Terra Média (como é chamada na história) com as casinhas entocadas com nada por dentro, jardins de boneca, árvore falsa em cima da casa do Bilbo, o bolseiro, e a famosa “party tree” em volta do lago, além da ponte de pedra e o bar com cerveja dos hobbits para experimentar. Uma delícia de passeio. Tivemos muita sorte porque chegamos no final do dia, reservamos o penúltimo tour e inexplicavelmente éramos os únicos. Acabamos fazendo um tour particular com privilégio de poucos, entrar nas casinhas e ver que não tem nada mesmo, tirar fotos especiais, guia todo para nossas perguntas. Bingo!

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A Party tree e a fazenda dos Hobbits, NZ

Despedida NZ
Estamos chegando ao fim da nossa aventura no super Goon pela NZ, mas antes de terminar fomos para o norte da ilha norte, na região chamada de “Bay of Island”, mais especificamente para a cidade de Kerikeri. O Seba queria mergulhar e ver o famoso Rainbow Warrior, navio do Greenpeace bombardeado em 1985 por agentes secretos franceses. Era meio do feriado de Páscoa e pegamos um fluxo ao contrário de carros e nossa viagem foi tranquila. Lembramos de ligar para o camping para checar se tinha vaga. Tudo certo. Ao chegar ligamos para marcar o mergulho e nossa surpresa: estava lotado para os próximos 3 dias. Claro! Lembramos de ligar para o camping, afinal, era feriado, mas não para o Dive Center!

Objetivo não alcançado, mas a essas alturas estava esgotada de tanta viagem e o que eu mais queria e precisava era chegar em Auckland e dormir numa cama antes de pegar o avião para ao Havaí. Ficamos duas noites ainda na região, a 17ª e a 18ª, sem muito pra fazer e depois partimos para a despedida em Auckland. Dois dias no hostel dormindo em quarto privado e numa caminha gostosa e quente! Foi preciso recuperar as energias. No total foram 5 dias de Auckland e 20 de furgão rodando pela NZ. Tempo ideal para conhecer essa terra sensacional, praticamente de cabo a rabo!

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Hobbiton, NZ
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Arte maori

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Nosso próximo destino: Havaí!

Venha com a gente nessa viagem: raphaeseba@gmail.com e acesse Facebook

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