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Como foi o Sangue na Guelra
Como foi o Sangue na Guelra| Foto:

No começo de maio, nossos olhos ficaram grudados nas transmissões do Sangue na Guelra para acompanhar a primeira edição do The Power of Food, em live streaming, um evento criado pela Amuse Bouche.

Alguns dos mais importantes nomes da gastronomia participaram de 17 sessões transmitidas pelo Youtube e Facebook Live durante dois dias.

E quais foram as ideias e projetos apresentados?

Enrique Vignoli, diretor de back-office do grupo Francescana, liderado por Massimo Bottura, disse que o momento é de se envolver com a comunidade, que devemos olhar para a nossa vizinhança e aprender com eles.

Ele contou que estão fazendo delivery originais, apoiados por vídeos com receitaspodcasts livestreams. É preciso ser criativo. A jornalista da Fine Dining Lovers Ryan King também reforçou a ideia de trabalhar mais próximo da comunidade. Encontrar a conexão com a cidade, com os produtores.

Solidariedade é o que importa. Ficou claro. Dividir conhecimento também, todos os chefs estão cozinhando e mostrando como facilitar a vida de quem está em quarentena em casa.

Conhecer os produtores

Outro ponto muito repetido foi sobre a necessidade de pensar a relação com os alimentos, saber quem planta e quem pesca. Luís Rodrigues, Diretor Regional das Pescas dos Açores, falou sobre a necessidade de um consumo mais diversificado de peixe, por exemplo. Parece que esse problema é universal e os cozinheiros podem mostrar isso para as pessoas.

Mauro Colagreco –tem texto sobre a live dele no site do Bom Gourmet – falou mais uma vez sobre a necessidade de termos um consumo mais equilibrado e consciência sobre o impacto do que consumimos.

Propósito

Os chefs Daniel Humm e Alex Atala falaram de amor através da comida. Depois de transformar o seu Eleven Madison Park, em Nova York, numa cozinha de produção de refeições para os mais necessitados, Humm acredita que, no futuro, não faz sentido ter um restaurante “sem um propósito maior”.

Muitos dos chefs fizeram uma reflexãosobre a importância dos restaurantes. “A comida afeta tantas coisas e a nossa voz é muito importante”, afirmou Humm.

“Penso que se continuarmos a ser tão conservadores, vai ser impossível. Acho que todos perceberam que quem tem uma ideia esta é a altura de a colocar em marcha. Tudo são desafios e tudo são oportunidades ainda que estejamos numa situação difícil. Eu estou numa situação econômica desastrosa, mas só vejo oportunidades”, disse o chef Andoni Aduriz, do Mugaritz, onde, garante, se continua “a trabalhar no futuro”.

O jornalista e road manager do GELINAZ!, Andrea Petrini, deixou claro que “não queremos mais do mesmo” e fez críticas para à indústria. Mais do que nunca, neste momento, mudanças são necessárias, isso ficou muito claro.

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