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Mesas nas ruas e delivery: a saída para os restaurantes durante as restrições
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A live que eu queria ter feito: Constance Escobar entrevista o especialista e membro do Observatório Covid Brasil Vítor Mori. E antes de comentar qualquer coisa já recomendo seguir os dois nas redes sociais.

Com o aumento dos casos de covid-19 nos últimos dias estamos ouvindo relatos, vendo protestos contra as medidas de restrições e discutindo ações para evitar a paralização do setor da alimentação fora de casa. Existe a necessidade de manter as pessoas em segurança, mas também de movimentar o setor. Existe também uma crise sanitária e econômica, que começou ano passado com o início da pandemia.

Rigor
O que precisamos é entender se de fato estamos nos adequando de acordo com padrões científicos e o que podemos fazer para evitar as contaminações. O cenário que temos é preocupante e as restrições se justificam. Também sabemos que o comércio pequeno é o que mais sofre.

Não podemos prejudicar um setor que foi duramente afetado, por isso a live é tão boa.

Mori fala em como diminuir riscos, qual a forma mais segura de se realizar uma atividade e respondeu minhas dúvidas, que imagino sejam de muitas pessoas.

Por exemplo: Qual o risco de contaminação durante o momento de manipulação e preparo do alimento? Ele afirmou que não conhece nenhum estudo de rastreamento de contato que uniu a infecção ao consumo de um alimento. "Não tem nenhuma comprovação de que a comida possa contagiar", afirmou.

Contágio

Quando a pandemia começou a preocupação era com as superfícies e o contágio pelo ar foi negligenciado, alertou o especialista. Agora temos protocolos mais eficientes. “Hoje, estudos de rastreamento de contato, comprovam que a transmissão pelo ar é maior”, disse.

Recomendação

Ele recomenda espaços ventilados e máscaras adequadas. “Os riscos em locais abertos é menor”, afirmou. Em ambientes fechados o uso de ventiladores, exaustores e purificadores ajudam a manter o ar livre do vírus.

Ganha pontos a ocupação das ruas pelos restaurantes como medida prática.

Aerossóis, as partículas leves que flutuam no ar, são responsáveis pela propagação do vírus e a dinâmica de transmissão não é homogênea. Enquanto 70% das pessoas não transmitem para ninguém, 10 a 20% são responsáveis por transmitir para 80% dos novos casos.

As máscaras recomendadas são a PFF2 (peça facial filtrante, padrão brasileiro e europeu) que garantem a proteção de quem está usando. É preciso também verificar se a máscara está colocada corretamente e bem fixada. Veja mais informações no Instagram dele @vitormori_.

De acordo com Mori, os restaurantes não precisam fechar, mas trabalhar com segurança. “Espaços fechados, com muita gente, mal ventilados e pessoas sem máscaras são o problema. Não é apenas usando álcool gel que resolveremos”, disse.

Segurança

“Qual é o distanciamento seguro”?, perguntou Constance.
“De 1,5 a 2 metros é razoável, porém em ambiente fechado não existe segurança”, respondeu.

Outra medida, que eu desconhecia, é aferir os níveis de gás carbônico no ar em ambientes fechados, quanto maior o nível maior o risco de contaminação, explicou. De acordo com ele, o aparelho para medir deve custar em torno de R$ 200,00 e uma boa iniciativa do governo seria uma medida para liberar a importação ou reduzir o valor para os restaurantes comprarem.

O link para a entrevista está no Instagram da Constance @consescobar que é editora da Revista Feira, tem o blog Pra Quem Quiser Me Visitar e também é autora do livro  “Ecochefs: Parceiros do Agricultor”, premiado no Jabuti 2020.
foto: Dave-Photoz Unsplash

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