A Defesa Civil do Rio Grande do Sul divulgou nesta sexta-feira (3) dados atualizados sobre os estragos e danos causados pelas fortes chuvas na região, que ocorrem desde domingo (28).
Até o momento, já foram confirmadas 31 mortes, 56 pessoas feridas e 74 desaparecidas em todo o estado. Há ainda 7.165 pessoas em abrigos e outras 17.087 desalojadas, em 235 municípios atingidos.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) também informou que existem 53 trechos de rodovias federais no estado com bloqueios, sendo 39 totais e 14 parciais. Alguns foram interditados por quedas de barreiras, desmoronamentos, erosão e acúmulo de água e outros foram realizados de forma preventiva por apresentarem rachadura na pista ou ponte coberta pelas águas dos rios.
De acordo com o governo gaúcho, pelo menos 19 barragens estão em estado de alerta ou atenção devido às consequências das fortes chuvas. As áreas de influência de cinco das 14 estruturas monitoradas pela Secretaria de Meio Ambiente (Sema) estão em processo de evacuação. São elas: barragem Santa Lúcia, em Putinga; barragem São Miguel do Buriti, em Bento Gonçalves; barragem Belo Monte, em Eldorado do Sul; barragem Dal Bó, em Caxias do Sul; e barragem Nova de Espólio de Aldo Malta Dihl, em Glorinha.
Nesta quinta (2), a barragem 14 de Julho, entre Cotiporã e Bento Gonçalves (RS), rompeu parcialmente ameaçando 15 municípios da região. O governador Eduardo Leite fez um pronunciamento de emergência pedindo a retirada dos moradores das cidades que serão afetadas.
Devido ao volume de chuva registrado dos últimos quatro dias, o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) considera “muito altas” as chances de, nas próximas 48 horas, ocorrerem novas inundações graduais e bruscas e de alagamentos em áreas rebaixadas da região metropolitana de Porto Alegre, bem como nas mesorregiões Nordeste, Centro-Oriental e Centro-Ocidental Rio-Grandense, além de parte do sul catarinense.
O governo Lula publicou nesta quinta (2) uma portaria no Diário Oficial da União (DOU) reconhecendo que o Rio Grande do Sul vive um estado de calamidade pública em decorrência dos temporais. A oficialização da crise faz com o estado consiga solicitar recursos federais para ações urgentes.
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