Da ala tradicional da política catarinense, Dário Berger chega à eleição de 2024 com a missão de ajudar o PSDB a recuperar relevância e voltar a comandar capitais do país. Ele retornou ao partido em março para disputar a prefeitura de Florianópolis (SC) - cargo que ocupou por dois mandatos consecutivos, entre 2005 e 2012.
Antes, estava no PSB, partido pelo qual disputou a reeleição para o Senado em 2022 - foi o candidato de Santa Catarina apoiado pela chapa de Lula (PT) e Geraldo Alckmin (PSB), mas acabou perdendo para Jorge Seif (PL). Com isso, teve que deixar a casa legislativa, para a qual foi eleito em 2015 pelo então PMDB (hoje MDB) para um mandato de oito anos.
No Senado, Dário Berger foi eleito por unanimidade presidente da Comissão da Educação, em 2019, uma das mais disputadas. Foi o único catarinense a comandar esse comitê. Em 2017, presidiu a Comissão do Orçamento. Sem mandato desde o ano passado, tem atuado na administração das três empresas em que é sócio.
A trajetória de Dário Berger
Dário Berger é natural de Bom Retiro, na serra catarinense. Foi lá que passou parte da infância. Trabalhou na roça e, aos 17 anos, começou a atuar como office boy, função que exerceu por cerca de cinco anos. Depois, foi de tesoureiro a gerente-administrativo de diversas empresas em Santa Catarina.
É formado em Eletrotécnica pela Escola Técnica Federal de Santa Catarina (ETFSC) e em Administração de Empresas pela Universidade Federal de SC (UFSC), com especialização em Recursos Humanos pela Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc).
Entrou na vida pública aos 33 anos, como diretor de pessoal e presidente da Comissão Municipal de Esportes do município de São José, na Grande Florianópolis. Três anos depois, em 1992, foi eleito vereador da cidade pelo então Partido da Frente Liberal (PFL) e, no pleito seguinte, em 1996, foi escolhido como prefeito de São José, inaugurando um período de quatro prefeituras consecutivas.
Foi reeleito para o Executivo de São José em 2000 - cargo que exerceu até 31 de março de 2004, quando renunciou para transferir seu domicílio eleitoral para Florianópolis, onde disputou o pleito daquele ano e se tornou prefeito da capital catarinense pelo PSDB. Feito que repetiu em 2008, mas por outro partido: o PMDB.
Em 2014, Dário Berger disputou a vaga ao Senado e venceu com 42,8% dos votos válidos. Exerceu o cargo de senador por oito anos. Em 2022, trocou de sigla: foi para o PSB em uma tentativa de reeleição.
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