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Vice-presidente do Paraguai Hugo Velázquez
Vice-presidente do Paraguai Hugo Velázquez, em coletiva de imprensa de 16 de junho de 2022.| Foto: EFE / Nathalia Aguilar

Os Estados Unidos incluíram o vice-presidente do Paraguai, Hugo Velázquez, e o assessor jurídico da Usina Hidrelétrica de Yacyretá (EBY), Juan Carlos Duarte, na lista de pessoas corruptas, segundo informou nesta sexta-feira (12) o secretário de Estado americano, Antony Blinken.

Ambos foram denunciados pelos EUA pela participação em "atos de corrupção significativos", entre os quais o pagamento de propina de um funcionário público e interferência em licitações.

Os dois, assim como as respectivas famílias, foram incluídos na lista de corruptos e terão entrada nos Estados Unidos negada, sem poder obter vistos para entrar no país.

Segundo Blinken, Duarte, um colaborador próximo de Velázquez, "ofereceu propina para um funcionário público paraguaio para obstruir uma investigação que ameaçava ao vice-presidente e seus interesses financeiros".

"Atos corruptos como esses, também contribuem para a diminuição da confiança no governo e para a percepção pública de corrupção e imunidade dentro do gabinete do vice-presidente do Paraguai", indica Blinken, em comunicado.

"Estas designações reafirmam o compromisso dos Estados Unidos de combater a corrupção, que prejudica o interesse público, se torna obstáculo à prosperidade econômica dos países e reduz a capacidade dos governos para responder de maneira efetiva as necessidades da população", completa a nota.

Horas depois, Velázquez anunciou que vai renunciar ao cargo e à pré-candidatura à presidência do país sul-americano.

"Eu, Hugo Velázquez, vou tomar a decisão que considero melhor para o país", disse ele à rádio paraguaia ABC Cardinal.

O vice-presidente informou que até a próxima terça-feira deixará oficialmente o posto e que saiu da corrida pela candidatura do Partido Colorado à chefia de governo do país.

Ele também declarou ser a favor de que sua esposa e subprocuradora-geral no Ministério Público, Lourdes Samaniego González - proibida pelos EUA de entrar em seu território -, renuncie ao cargo público que ocupa.

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