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Anthony Albanese, primeiro-ministro eleito na Austrália
Anthony Albanese, primeiro-ministro eleito na Austrália| Foto: EFE/EPA/BIANCA DE MARCHI

Depois de quase uma década longe do poder, o Partido Trabalhista Australiano derrotou a coalizão de centro-direita Liberal-Nacional, elegendo Anthony Albanese para primeiro-ministro da Austrália, neste sábado (21). Com a contagem dos votos ainda em curso, a expectativa é de um governo com minoria parlamentar, mas com chance de conquistar a maioria até o fim da apuração.

Liderada pelo atual primeiro-ministro Scott Morrison, a Coalizão havia vencido as três últimas eleições federais australianas (em 2013, 2016 e 2019 – o atual premiê está no cargo desde 2018). Neste pleito, além do desgaste natural de anos no poder, ele enfrentou críticas às medidas de gestão da pandemia e à resposta vacilante aos incêndios florestais do chamado “Verão Negro”, entre 2019 e 2020.

Em seu discurso de vitória, Albanese prometeu reduzir drasticamente a emissão de gases de efeito estufa - uma das principais preocupações dos eleitores, segundo pesquisas - e reconstruir as relações com líderes estrangeiros. A diplomacia inclui líderes das ilhas do Pacífico, entre elas as Ilhas Salomão, que assinou um pacto de segurança com Pequim, alimentando temores de que a China tem planos de construir sua primeira base militar no Pacífico.

Ele também destacou sua origem humilde, desejando que sua “jornada na vida inspire os australianos a alcançar as estrelas”. “Diz muito sobre o nosso grande país que um filho de uma mãe solteira que era aposentada por invalidez, que cresceu em habitações públicas na estrada em Camperdown, possa estar diante de você esta noite como primeiro-ministro da Austrália”, disse Albanese, em trecho do discurso reproduzido pela agência de notícias Associated Press (AP).

Em um cenário de aumento dos preços das moradias e da inflação mais alta desde 2001, os trabalhistas também prometeram mais assistência financeira e uma rede de seguridade social mais robusta. O partido também tem proposta de aumentar o salário mínimo em 5,1%.


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