Lula, Bolsonaro e Ciro
Articulação podem gerar palanques múltiplos nos estados nas eleições de 2022.| Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil; Alan Santos/PR; Reprodução/Facebook Ciro Gomes

A menos de um ano das eleições, candidatos ao governo de pelo menos 10 estados negociam apoio com mais de um presidenciável. As alianças podem gerar palanques múltiplos no pleito deste ano. Um levantamento realizado pelo jornal O Globo aponta que há maior possibilidade de palanques duplos em estados com candidatos do PT, PSB e PDT. Pois petistas e socialistas ainda não definiram a chapa presidencial, justamente pela falta de acordo sobre as candidaturas estaduais.

Com isso, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Ciro Gomes (PDT) podem receber ou dar apoio em pelo menos sete estados: em São Paulo, com as possíveis candidaturas de Fernando Haddad (PT) e Márcio França (PSB); no Rio de Janeiro, com o ex-prefeito de Niterói Rodrigo Neves (PDT); no Maranhão, com Weverton Rocha (PDT); no Espírito Santo, com Renato Casagrande (PSB).

E também em Sergipe, com Edvaldo Nogueira (PDT); na Paraíba, com Lígia Feliciano (PDT); e em Pernambuco, onde os petistas avaliam lançar a candidatura do senador Humberto Costa e o PSB também planeja uma candidatura, mas está sem um nome.

No Rio de Janeiro, por exemplo, Neves tenta convencer diferentes partidos para formar uma chapa ao governo. Ele foi filiado ao PT por 20 anos e disputa o apoio de Lula com o pré-candidato do PSB, Marcelo Freixo. Os governadores de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e do Paraná, Ratinho Junior (PSD), negociam receber o apoio do pré-candidato do Podemos à Presidência, o ex-juiz Sergio Moro.

Para isso, no entanto, os dois pré-candidatos à reeleição precisariam romper com o presidente Jair Bolsonaro (PL). Moro pode ser bem recebido ainda por Casagrande, que também deve tentar mais um mandato no Espírito Santo. Já em Santa Catarina, Carlos Moisés (sem partido) e o senador Jorginho Mello (PL) disputam o apoio de Bolsonaro.