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O evento foi promovido pela Associação Internacional de Radiodifusão (AIR) com apoio da Unesco, neste sábado (4).
O evento foi promovido pela Associação Internacional de Radiodifusão (AIR) com apoio da Unesco, neste sábado (4).| Foto: Reprodução/Youtube/Ditecsur Audiovisual

Ao participarem como palestrantes em um seminário sobre liberdade de imprensa no Chile, neste sábado (4), integrantes do Netlab - um laboratório de pesquisa dedicado ao ativismo político de esquerda que funciona com recursos públicos dentro da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) - atacaram as Big Techs e defenderam a regulação da redes sociais no Brasil por meio do Projeto de Lei (PL) 2630/20, também conhecido como PL das Fake News ou PL da Censura.

Intitulado “Sustentabilidade dos Meios de Comunicação Social e o seu papel na defesa da Liberdade de Imprensa”, o evento foi promovido pela Associação Internacional de Radiodifusão (AIR) com apoio da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura).

Em defesa da democracia e da “imprensa profissional”, a criadora do Netlab, a professora Rose Marie Santini, disse que as plataformas digitais manipularam a opinião pública contra o PL 2630/20 por conta dos alertas sobre os riscos da aprovação da proposta.

Santini também criticou o dono do X (antigo Twitter), o bilionário Elon Musk, por conta das denúncias no âmbito do escândalo que ficou conhecido como “Twitter Files Brazil”, onde Musk relata pressão de políticos, personalidades brasileiras e de parte do judiciário por censura a perfis não alinhados à esquerda.

De acordo com as denúncias, parte significativa dos pedidos de censura partiram do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

O professor da UFRJ e integrante do Netlab, Márcio Borges, destacou os ganhos financeiros das plataformas com a difusão de “fake news” e as vantagens financeiras de sites que supostamente se valem de “publicidade fraudulenta”.

Os dados e argumentos apresentados pelos professores da UFRJ refletiram nas exposições de outros palestrantes, que também defenderam a regulação das mídias sociais.

O grupo de ativistas que integra o Netlab é abertamente favorável ao projeto de lei apoiado pelo governo federal, que se propõe a regulamentar as redes sociais de forma a acelerar e facilitar a derrubada de determinados conteúdos, e já chegou a enviar sugestões para serem acrescentadas na proposta.

Em maio do ano passado, durante a cruzada do governo pela aprovação do projeto de lei em questão, o então ministro da Justiça e hoje ministro do STF, Flávio Dino, citou dados frágeis produzidos pelo Netlab para justificar a censura a uma manifestação do Google dentro do seu site em que a empresa apontava argumentos contrários ao PL das Fake News.

O “estudo” do laboratório foi citado pela professora Rose Marie Santini para reafirmar o apoio ao PL da Censura na palestra deste sábado.

Santini chegou a participar de uma live com Dino, em julho do ano passado, em que se debateu o projeto de regulação das redes sociais.

Em 2020, ao participar de uma live com o tema “Dados e o combate à desinformação”, Santini citou como um exemplo de sucesso o movimento Sleeping Giants Brasil SGB, grupo conhecido por intimidar empresas na internet para cancelar e desmonetizar propagandas em veículos de comunicação que não comungam com os valores ideológicos.

O Sleeping Giants Brasil já foi tema de pesquisas do Netlab junto com a startup Twist Systems – citada por Santini como “o braço tecnológico de pesquisa” do grupo.

Veja o vídeo com a transmissão do seminário promovido pela AIR.

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