Em todo o mundo, as universidades são as principais impulsionadoras de ecossistemas de inovação. Na lista das universidades mais inovadoras do mundo estão Stanford, MIT, Cagliari, Dublin.
Em Stanford, no início da década de 1970, o professor Vint Cerf desenvolveu o protocolo TCP/IP que se tornou o meio padrão básico de comunicação na Internet. Professores e ex-alunos fundaram grandes empresas de tecnologia, como o Google, a HP e a Cisco Systems. Um estudo de 2012 da universidade estimou que as empresas formadas por empresários de Stanford geraram tanta receita que, se fossem de uma nação independente, estariam entre as dez maiores economias do mundo.
O Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) alimentou algumas das inovações mais importantes do século passado, incluindo o desenvolvimento de computadores digitais e a conclusão do Projeto Genoma Humano. No quadro de professores e alunos estão dezenas de prêmios Nobel, chefes de estado e prêmios Pulitzer.
Incentivos governamentais e empresariais possibilitam esses desenvolvimentos, e universidades brasileiras como USP, Unicamp, UFRJ, UFPR também geram pesquisa, desenvolvimento e inovação significativas.
Talvez o maior desafio para o ecossistema brasileiro seja aplicar a inovação gerada nas universidades para o setor produtivo. A cooperação das universidades com empresas, governos e a sociedade em geral é um fator fundamental para gerar resultados práticos da inovação.
Segundo o Manual de Oslo (produzido pela OECD), a inovação tecnológica, seja de produto ou de processos, é considerada implantada se tiver sido introduzida no mercado (inovação de produto) ou usada no processo de produção (inovação de processo). Vemos avanços significativos nas áreas como saúde, biotecnologia, educação, meio ambiente, meteorologia, agricultura, aeroespaciais e comunicação mudando a sociedade.
A ciência, que pode parecer distante da maioria das pessoas, poderá ser vivenciada de perto durante esta semana, até o dia 29 de julho, em Curitiba, durante a 75ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), o maior evento científico da América Latina. A Universidade Federal do Paraná (UFPR) será palco de uma programação científica composta por conferências, mesas-redondas, painéis e minicursos abertos, gratuitos para todas as idades e todos os públicos.
Serão tratados temas como tecnologias espaciais e suas aplicações, energia nuclear, brasileiros no CERN, energias renováveis, ciência aberta, entre tantos outros.
Um momento para debater a inovação como um esforço multisetorial. Sobre como gerar movimentos de integração e colaboração entre os setores, para se manter atualizado em um mundo complexo e veloz.
A tecnologia impactando todos os setores, cada vez mais acessível e diversificada. Para manter-se atualizado, atuante e relevante, é essencial colaborar. A colaboração gera o senso de comunidade. Mas é também um esforço diário, um esforço coletivo na busca de objetivos comuns.
E como colaborar? Buscando governança, abrindo informações, criando ambientes seguros para testes e, principalmente, ambientes livres para o compartilhamento de ideias.
Uma provocação para não deixar ninguém parado: trazer a ciência para perto, da universidade para a sociedade. Bora?
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