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Palmito do tipo pupunha, uma das modalidades legais de plantio. | Jonathan Campos/Gazeta do Povo
Palmito do tipo pupunha, uma das modalidades legais de plantio.| Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo

Uma fábrica clandestina de palmito em pleno Parque Estadual Lagamar foi encontrada no município de Cananeia, no litoral sul do Estado de São Paulo. No local, 760 unidades de palmito in natura, que ainda seriam processadas, foram apreendidas por policiais militares ambientais. A ação policial aconteceu esta semana (24).

Cada palmito corresponde à derrubada de uma palmeira da espécie juçara, típica da Mata Atlântica e ameaçada de extinção. Também foram apreendidos equipamentos e materiais que seriam utilizados para “industrializar” o palmito. As pessoas que estavam no local fugiram antes da chegada da polícia.

No acampamento montado pela quadrilha foram encontrados dez feixes de palmito sob a barraca de uma lona, além de outros quatro feixes escondidos no mato. A polícia acredita que os palmiteiros fossem avisados por um “olheiro”, espécie de sentinela mantida nas imediações, sobre a chegada dos policiais.

A palmeira juçara é considerada espécie-chave na Mata Atlântica, pois seus frutos servem de alimento a aves como o tucano, o macuco e a jacutinga - todas ameaçadas na natureza - e animais como serelepes e porcos-do-mato. Por estar em extinção, seu corte é considerado crime ambiental, agravado quando praticado em área de preservação.

Como a palmeira está praticamente extinta fora das unidades de conservação, os palmiteiros invadem as reservas florestais de Mata Atlântica para efetuar o corte. A retirada do palmito exige o corte da árvores, que não rebrota.

No dia 23 de junho, a Polícia Ambiental apreendeu 152 unidades de palmito cortados no interior do Parque Estadual da Ilha do Cardoso, também em Cananeia. Em maio, os policiais encontraram 400 palmitos cortados no interior do Parque Estadual da Serra do Mar, em Caraguatatuba, no litoral norte do Estado. Um homem foi preso.

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