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A Abrass informa que para poder comercializar soja para plantio, o produtor precisa estar cadastrado. | DIRCEU PORTUGAL/GAZETA DO POVO
A Abrass informa que para poder comercializar soja para plantio, o produtor precisa estar cadastrado.| Foto: DIRCEU PORTUGAL/GAZETA DO POVO

Cerca de 30% da semente de soja usada para o plantio no Brasil é ilegal, estima a Associação Brasileira dos Produtores de Sementes de Soja (Abrass). A organização chegou ao número, divulgado nesta semana, com base em informações repassadas pelo mercado.

São consideradas sementes ilegais, nesse levantamento, aquelas que não tem comprovação de origem. A Abrass informa que para poder comercializar soja para plantio, o produtor precisa estar cadastrado em um sistema nacional. A prática de guardar sementes por conta própria de um ano para o outro não é proibida, mas também precisa ser registrada nesse sistema, comunicada por meio de um formulário ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Leonardo Machado, secretário executivo da Abrass, diz que a prática de usar sementes ilegais põe em risco toda a cadeia produtiva do grão. “O agricultor acha que pode estar economizando, mas é um tiro no pé. É como comprar um carro com problemas. Você compra um carro sem origem e vai descobrir os problemas ao longo do tempo”, compara.

Machado enfatiza que além de não ter a garantia dessas sementes, o produtor que adota essa prática não tem para quem reclamar e fica sem assistência técnica – ambas essenciais para o sucesso e segurança do plantio. “A semente pode também se tornar um grande vetor de pragas e doenças, até mesmo pragas que ainda não estão identificadas do Brasil. Semente sem origem não é coberta pelo seguro rural. E por fim, é crime”, lista.

Multa

A multa para quem for flagrado com sementes ilegais é de até 250% sobre o valor do produto, sanções e apreensão de toda a produção. Quem souber de produção, comércio ou plantio de semente de soja ilegal pode realizar denúncias ao Mapa através do e-mail ouvidoria@agricultura.gov.br ou, ainda, pelo 0800 704 1995.

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