A perspectiva de uma safra recorde de grãos no Brasil este ano, somada à valorização do real frente ao dólar devem levar a uma pressão baixista dos preços internos dos produtos agrícolas, o que ajudará a segurar a inflação e, consequentemente, vai colaborar para a redução das taxas de juros, afirma José Carlos Hausknecht, da MB Agro Consultoria.
Em sua opinião, a queda do valor do dólar deve anular a subida de preços internacionais, o que prejudicará a rentabilidade do produtor na exportação. Internamente, porém, a expansão da safra vai ajudar a movimentar a economia. “Haverá mais vendas de máquinas agrícolas, de fertilizantes e até de veículos”, prevê Hausknecht.
O analista de mercado da Informe Economic Group, Aedson Pereira, também avalia que, se o valor do dólar cair de forma significativa frente ao real ao longo do ano, “mesmo que lá fora o preço das commodities agrícolas subam, o preço interno será podado por essa alta”.
Pereira ressalta, porém, que o setor do agronegócio está ampliando a quantidade das exportações e abriu novos mercados no leste asiático, que é um grande consumidor de produtos agrícolas. “Foi um dos setores que apontou maior criação de empregos no ano passado, justamente porque está exportando bastante”.
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