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O pôr do sol em Massaroca, no interior da Bahia; técnica de cientistas prometem utilizar a energia do astro para sintetizar nitrogênio | Jonathan Campos/Gazeta do Povo
O pôr do sol em Massaroca, no interior da Bahia; técnica de cientistas prometem utilizar a energia do astro para sintetizar nitrogênio| Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo

Pesquisadores da Universidade Estadual de Utah, nos Estados Unidos, anunciaram na última semana a descoberta de uma nova técnica para sintetizar nitrogênio utilizando a luz do sol. O elemento químico é fundamental para a agricultura, utilizado no famoso fertilizante NPK (Nitrogênio, Fósforo e Potássio), por exemplo. Na história, o desenvolvimento da agricultura ocorreu em grande parte por causa do produto, utilizado em grande escala nos dias atuais. As informações são do Science Daily.

O nitrogênio em si é encontrado em abundância no ar, na atmosfera do planeta. Porém, isolá-lo é um grande desafio. Até hoje há apenas uma técnica industrial para a produção do elemento, que é a base de adubos químicos. O procedimento é chamado de Síntese de Haber-Bösch - descoberto em 1908. Por isso, a nova técnica desenvolvida por cientistas tem potencial para revolucionar o mercado, segundo os pesquisadores.

“A nossa pesquisa demonstra que a energia fotoquímica [da luz] pode substituir o trifosfato de adenosina, o qual é tipicamente utilizado para converter óxido nitroso, sob a forma de nitrogênio encontrada no ar, em amônia, um ingrediente principal de fertilizantes produzidos comercialmente”, disse o professor Lance Seefeldt, da Universidade Estadual de Utah ao Science Daily.

Ele explica que para sintetizar nitrogênio, qualquer método usa uma grande quantidade de energia. Conforme o professor, atualmente o processo de Haber-Bösch consome 2% de toda a energia oriunda de combustíveis fósseis do mundo em uma das etapas, chamada catalisação. A prática é considerada não sustentável no meio acadêmico.

O novo método, de acordo com Seefeldt, desenvolveu uma técnica para usar enzimas de bactérias fixadoras de nitrogênio para fazer amônia in vitro. A técnica não utiliza outras medidas biológicas ou insumos de alta energia, como ocorre na produção convencional.

Os detalhes e o artigo completo da pesquisa podem ser conferidos (em inglês) no site da Revista Science.

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