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Monsanto foi negociada com a Bayer por US$ 62 bilhões | JULIETTE MICHEL/AFP
Monsanto foi negociada com a Bayer por US$ 62 bilhões| Foto: JULIETTE MICHEL/AFP

Depois de receber a autorização do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), no Brasil, a Bayer obteve nesta quarta-feira (20) aprovação da União Europeia para a aquisição da Monsanto por US$ 62,5 bilhões. O acordo deve criar uma empresa com o controle de mais de um quarto do mercado mundial de sementes e pesticidas.

Uma das condições para o negócio é resolver a sobreposição de atividades em setores como sementes ou a agricultura digital, já que teve início em agosto de 2017 uma investigação sobre a aquisição da empresa americana especializada em pesticidas pela Bayer. Na época, o temor era que a operação reduzisse a concorrência em um mercado já concentrado.

A empresa alemã se comprometeu, durante a investigação, a ceder atividades e ativos no setor de sementes e pesticidas para evitar duplicidades com a Monsanto, assim como a conceder uma licença em sua carteira de produtos no setor de agricultura digital.

Em outubro, a Bayer propôs vender as atividades agroquímicas para a alemã Basf, uma transação que a Comissão Europeia examina atualmente e que considera que mitiga as preocupações.

A fusão entre Bayer e Monsanto, anunciada em setembro de 2016, não poderá ser concretizada, porém, até o fim da análise de Bruxelas.

A China já deu aprovação condicional ao acordo da Bayer e da Monsanto, que também ganhou luz verde no Brasil. Atualmente, o negócio está sendo revisado pelas autoridades antitruste dos Estados Unidos e da Rússia.

Com a decisão, a Comissão Europeia ignora ONGs como a Amigos da Terra, que escreveu uma carta na terça-feira a Vestager para advertir sobre o impacto do que chamarem de “fusão do inferno” para o meio ambiente.

A nova operação acontece depois que, em março de 2017, Bruxelas autorizou a fusão das gigantes americanas Dow e DuPont, assim como a compra da suíça Syngenta pelo grupo chinês ChemChina, dez dias mais tarde.

Grupos ambientalistas e de agricultura se opuseram aos acordos, preocupados com seu poder e sua vantagem em dados de agricultura digital, que podem dizer aos agricultores como e quando plantar, semear, pulverizar, fertilizar e colher culturas com base em algoritmos.

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