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Ao poucos, modelos mais acessíveis oferecem o acessório de série. | VALTERCI SANTOS / VALTERCI SANTOS
Ao poucos, modelos mais acessíveis oferecem o acessório de série.| Foto: VALTERCI SANTOS / VALTERCI SANTOS

Ao se falar em segurança veicular, uma das palavras que se tornaram mais presentes nas listas de itens das montadoras é o Isofix, sistema de fixação de cadeiras infantis nos assentos traseiros dos carros. Antes presente apenas em modelos premium e importados, o mecanismo já é encontrado em modelos acessíveis ao grande público, como Volkswagen up!, Hyundai HB20 e Honda Fit. Mas para se popularizar no país, ele ainda tem um longo caminho pela frente.

Tira dúvidas

Cinco perguntas sobre o sistema:

1 O que é Isofix? Isofix é um sistema de encaixe de cadeiras infantis criado pela Volkswagen em 1997. Trata-se de um conjunto de duas travas acopladas à carroceria, que ficam localizadas no banco de trás e que dispensam o uso do cinto para prender as cadeirinhas.

2 Ele é mais seguro? Segundo órgãos de proteção ao consumidor e à criança, sim. Conforme a Proteste, uma das vantagens está no fato de o mecanismo não usar os cintos para a fixação, que com o tempo ficam ‘relaxados’ e deixam as cadeirinhas mal presas aos bancos.

3 Quantos carros possuem o mecanismo? O Inmetro estima que 5% dos modelos vendidos no Brasil vêm de série com o Isofix. Embora esteja presente em muitos carros importados, há veículos produzidos no país com preços acessíveis que possuem a tecnologia, como o VW up! e o Hyundai HB20.

4 Quando todos os veículos trarão o sistema? O Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) deu um prazo para que os carros feitos nacionalmente saiam de fábrica com o encaixe para cadeiras infantis até 2020. A obrigação se estende a automóveis, caminhonetes e utilitários.

5 Onde encontro cadeirinhas com essa tecnologia? Por causa das exigências do Inmetro para a fabricação de produtos com o mecanismo publicadas no fim do ano passado, a previsão da ONG Criação Segura é que os pais só poderão comprá-las no país a partir de 2018. Até lá, só trazendo do exterior mesmo.

Segundo um levantamento do Inmetro, só 5% dos carros vendidos no Brasil têm essa tecnologia, que consiste em um encaixe acoplado à carroceria para facilitar a colocação das cadeirinhas. Os pais que possuem veículos sem o sistema são obrigados a usar os cintos de segurança para prendê-las ao banco. “O Isofix é mais seguro porque evita o erro humano. É muito comum alguns pais não lerem o manual de instruções do carro e prender incorretamente as cadeiras com o cinto”, afirma a coordenadora nacional da ONG Criança Segura, Gabriela Guida de Freitas.

No início deste ano, o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) determinou que até 2020 todos os carros fabricados no país deverão sair de série com o mecanismo, além de outros itens de segurança como cintos de três pontos e os encostos de cabeça nos assentos de trás. Entretanto, até lá é preciso primeiro que as marcas estejam autorizadas a produzir e comercializar os equipamentos com Isofix no Brasil. De acordo com a portaria 466 publicada no Diário Oficial da União em outubro passado, as fabricantes só poderão oferecer os produtos a partir de 2018, o que, na prática, significa que até lá os pais que quiserem adquiri-las só poderão comprá-las fora do Brasil. Na Europa, elas são certificadas desde 2011, enquanto que nos EUA não há uma legislação específica sobre o assunto.

Equipamento é formado por duas hastes de metal atrás dos assentos infantis.Divulgação/Chicco

O pesquisador da associação de consumidores Proteste Dino Lameira frisa que a portaria não obriga todas as cadeirinhas a terem o mecanismo até 2018, e acrescenta que os motoristas brasileiros têm pouco conhecimento dessa tecnologia. “Hoje não há muitos carros com o sistema, o que torna o acesso limitado. Mas quanto mais carros o disponibilizarem, maior será o interesse do consumidor”, conta. Outro entrave apontado por Lameira é o fato de os produtos com Isofix serem mais caros que os convencionais – estima-se que a diferença de preço possa chegar a R$ 700, tomando-se como base as cadeiras vendidas no Brasil antes das exigências do Inmetro.

Por outro lado, os testes realizados em outros países demonstram que o investimento compensa. O Latin NCap, órgão independente de avaliação de segurança veicular, por exemplo, considera um ‘método bem mais seguro’ de retenção, por evitar que os produtos ‘rodem’ em casos de colisão. “O Isofix facilita o trabalho e retira o peso da responsabilidade sobre os pais. Quando mal colocadas, as cadeirinhas podem pôr a vida da criança em risco, porque, com o tempo, o cinto alarga e diminui o desempenho da fixação em caso de impacto”, diz Lameira.

Serviço

Confira os três tipos de assento recomendados para cada idade:

Até um ano

As crianças recém-nascidas devem ser levadas nos bancos de trás do veículo por meio do chamado bebê conforto. Ele suporta até 9 kg. A parte da frente deve ser direcionada para os encostos do banco.

De um a quatro anos

A cadeira de segurança é recomendada para crianças com até 18 kg. Ela também é posicionada na parte de trás do carro, mas, ao contrário do bebê conforto, deve ter a parte de trás voltada de costas para o encosto.

Dos quatro aos sete anos e meio

É usado o assento de elevação ou booster, nome que vem do fato de o sistema elevar a altura até o cinto de segurança. A recomendação é que o equipamento seja utilizado até o passageiro chegar aos 36 kg ou aos 1,45 m de altura.

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