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Um precisa aprender a controlar a objetividade, outro, a ansiedade de querer resolver tudo.

Um precisa aprender a controlar a objetividade, outro, a ansiedade de querer resolver tudo.

Enfim, como a mulher se comunica? Mais emotiva, menos objetiva, muitas vezes a mulher sofre em alguns ambientes executivos, majoritariamente masculinos. Deve mudar?…

Não é o caso de analisar o que é certo e e o que é errado, afinal seria muita imaturidade entrar nessa discussão e o mundo não é dual. Mas alguns fatos comprovam tendências tanto culturais como orgânicas, de que existem diferenças da forma como observam o ambiente ao redor e como se comunicam.

Não é novidade dizer que essas diferenças acontecem, basta olhar em volta, quando você trabalha ou se relaciona com uma mulher. Existem vários autores, de várias especialidades que explicam isso. O que mais se ouve é que a mulher privilegia o uso do lado direito do cérebro, o hemisfério da sensibilidade, emoção, intuição, criatividade. O homem, mais o lado esquerdo, da tangibilidade, da objetividade, do que é concreto e racional.

Até aí nenhuma novidade, certo? O que quero acentuar é que ainda observamos mulheres com dificuldades de se expressar, tanto no ambiente de trabalho como no ambiente familiar porque existe um desrespeito ou desconhecimento dessas características diferentes de agir, de pensar e de se comunicar.

Logo que as mulheres começaram a buscar e ocupar espaços profissionais onde até então eram exclusivos dos homens, com uma ou outra exceção (estou me referindo ao espaço empresarial), elas tinham que adequar sua forma de pensar e muitas vezes, até sua forma de se vestir, para serem aceitas nesse ambiente masculino.

Se reagiam e batiam na mesa, “estavam naqueles dias”. Se traziam emoções e outros pontos de vista para os projetos que eram expostos, eram “mulherzinhas”. Confesso que em algumas situações era muito difícil, fiz parte de alguns desses momentos. Me doía não somente por mim, mas por algumas colegas. E isso não era velado, era dito na tampa, sem respeito mesmo pelas diferenças. Era errado agir e pensar como uma mulher.

Sim. Falta objetividade em algumas conversas, em algumas decisões. Somos prolixas muitas vezes. Observamos detalhes demais, que nem sempre são necessários naquele momento do projeto.

Temos então que mudar? Não, temos que nos adaptar como em tudo na vida, isso é uma questão de treino. Mas esse treino não é somente para as mulheres, o homem também precisa aprender a conviver com esse universo feminino. Precisa controlar sua ansiedade em querer resolver tudo, precisa aprender que quando a mulher fala, “precisamos rever esse planejamento”, ela pode estar pensando em voz alta, não precisa o homem imediatamente deletar o planejamento e sair já buscando novas soluções.

Alguns autores defendem que em um ambiente majoritariamente feminino fica mais difícil se conseguir a conclusão de um trabalho, parece que sempre falta algo e em um ambiente majoritariamente masculino, a competição pode ser mais acirrada, o ambiente pode se tornar mais agressivo.

Enfim, o que precisamos, nós mulheres e homens, é compreender que o ambiente enriquece quando conseguimos enxergar complementaridade em nossa forma de pensar e agir. Precisamos compreender que é sempre o emissor que deve adaptar a linguagem, portanto mulherada, procure ser mais objetiva quando for negociar para uma plateia exclusivamente masculina ou de outras culturas mais objetivas. E, homarada, já vá preparado para ser questionado sobre vários porquês sobre determinado projeto quando for negociar para uma plateia exclusivamente feminina.

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