O vice-governador de São Paulo, Márcio França (PSB), reforçou nos últimos dias sua condição de pré-candidato ao governo do estado. Ele concedeu entrevista à Folha de S. Paulo no domingo (14), na qual falou como candidato e, nesta segunda-feira (15) anunciou que tem outros três partidos ao seu lado: PROS, Solidariedade e PR.
Com a consolidação de sua pré-candidatura, França colaborou para que seja ampliada a condição de incógnita que marca o PSB nas eleições de 2018.
Em primeiro lugar, porque o fato sugere uma rota de colisão em São Paulo entre o PSB e o PSDB de Geraldo Alckmin, atual governador paulista e pré-candidato a presidente. Embora a candidatura própria de França já esteja sinalizada há tempos, o PSDB ainda conta em lançar um nome do partido para ser o representante “oficial” da gestão Alckmin. Com esse racha, diminuem-se as chances de o PSB apoiar Alckmin no plano nacional.
“O apoio à candidatura do Alckmin é um apoio que depende muito primeiro de que aliança o Alckmin vai fazer. Se ele carregar partidos muito conservadores, envolvidos nessas denúncias todas aí de escândalos, o PSB não terá ambiente. A segunda posição é de reciprocidade. Não dá para o PSB analisar a hipótese de apoiar o PSDB sem ter reciprocidade”, explicou o secretário-geral do PSB, o ex-governador Renato Casagrande (ES).
Além disso, o PSB convidou formalmente, no ano passado, o ex-ministro Joaquim Barbosa para ingressar no partido e disputar a presidência da República. A resposta do ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) deve sair nas próximas semanas. Mas mesmo que Barbosa aceite o convite, a situação não estará plenamente consolidada – afinal, o PSB também filiou recentemente o ex-ministro Aldo Rebelo (SP), outro cogitado para ser candidato a presidente.
“Mas ao mesmo tempo temos diálogo aberto com o PDT, com a Rede, com o próprio Alckmin nós conversamos. Até que a gente decida a posição partidária, ou de candidatura própria, ou de de apoio a alguma candidatura”, acrescentou Casagrande.
O PSB tem hoje quatro senadores, 32 deputados federais e três governadores – Rodrigo Rollemberg (Distrito Federal), Ricardo Coutinho (Paraíba) e Paulo Câmara (Pernambuco). Além de Márcio França, outro nome competitivo que o partido deve lançar nas eleições de outubro é o de Márcio Lacerda, ex-prefeito de Belo Horizonte e pré-candidato ao governo de Minas Gerais.
Ex-desembargador afirma que Brasil pode “se transformar num narcoestado”
Contra “sentença” de precariedade, estados do Sul buscam protagonismo em negociação sobre ferrovia
Câmara de São Paulo aprova privatização da Sabesp com apoio da base aliada de Nunes
Lula afaga o MST e agro reage no Congresso; ouça o podcast
Deixe sua opinião