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O diplomata, economista e cientista político Marcos Troyjo em entrevista ao blog A Protagonista
O diplomata, economista e cientista político Marcos Troyjo em entrevista ao blog A Protagonista| Foto:

Para o diplomata, economista e cientista político Marcos Troyjo, a Lava Jato melhorou a imagem do Brasil no exterior e criou bases para a construção de uma estrutura de capitalismo competitivo no país. Em entrevista à Protagonista, Troyjo aponta que a Operação estabeleceu “um divisor de águas” e projetou a percepção de que o Brasil vive um momento de “assepsia”.

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O escândalo de corrupção sobre o qual se debruça a Lava Jato deixa de ser a principal marca do Brasil no exterior e a Lava Jato assume seu lugar como uma espécie de item de ‘soft power’: ‘Veja, nós estamos colocando a nossa casa em ordem’.

Além dos avanços da Lava Jato, Troyjo afirma que a percepção positiva do país no exterior se fortaleceu durante o governo Michel Temer (PMDB). “Goste-se ou não do [presidente Michel] Temer, na área macroeconômica, o que se produziu no Brasil no último um ano e meio é praticamente um milagre: inflação abaixo da meta, taxas de juros mais baixas da história, crescimento da produção industrial, estatais mais bem administradas…”, defende.

Vai passando o tempo e a gente vê como estava em uma enrascada — e como isso durou. Se você imaginar que o ‘lulopetismo’ ficou no poder do dia primeiro de janeiro de 2003 até o momento em que se consolidou o impedimento da presidente [Dilma Rousseff], em 2016, são 13 anos e meio.

Para o cientista político, o país também se beneficia da “desarrumação” mundial provocada pelo governo de Donald Trump, presidente dos Estados Unidos. “Ainda bem que tem o Trump no mundo. A presença dele cria uma confusão nas relações de comércio e nas políticas industriais que acaba dando, indiretamente, um tempo para o Brasil se reorganizar. Acho que, se os Estados Unidos estivessem em uma posição mundial mais proativa, sobraria menos espaço para o Brasil.”

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