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Transamazônica e Chapada das Mesas
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Ana Biselli e Rodrigo Junqueira
Início da jornada na Transamazônica, em Rurópolis.

Por: Ana Biselli e Rodrigo Junqueira

Terminada essa nossa primeira temporada pelo Rio Amazonas, viajando nas cercanias de Manaus e desta cidade até Santarém de barco, precisávamos chegar com o nosso carro ao Sul do país. São duas as alternativas: a primeira é colocar o carro num barco e seguir até Belém, de onde podemos seguir de carro para o Maranhão ou descer a Belém-Brasília. A segunda, mais difícil, principalmente nesta época chuvosa, é seguir pela Cuiabá-Santarém até o entroncamento com a Transamazônica e seguir por esta famosa estrada por todo o estado do Pará, até a cidade de Marabá, já quase fronteira com o Maranhão.
Como nosso carro é alto e 4×4, e estamos sempre em busca de aventuras, optamos pela segunda opção. Afinal, desde criança, esta estrada, a Transamazônica, está no nosso imaginário. Estava na hora de conhecê-la de verdade! O trecho que passamos tem cerca de 1.000 quilômetros, quase todo de terra e barro, cortando o Pará de oeste à leste. Foi construída no início da década de 70, como forma de ocupação daquelas vastidões isoladas, meio encontrado pelo governo militar da época de garantir a soberania brasileira sobre a Amazônia. Já naquele tempo temia-se uma possível “ocupação” estrangeira da região.

Ana Biselli e Rodrigo Junqueira
Caminhão e carro atolados na Transamazônica.

Hoje, ao contrário do que muitos pensam, toda a região por onde passa a estrada está ocupada. Vê-se muito pouca mata ao redor da rodovia. Ao contrário, o que há são pequenas vilas, muitas casas e fazendas isoladas e algumas cidades maiores, como Altamira e Marabá. O tráfego de motos é intenso, assim como alguns caminhões, vans e carros maiores. No inverno, como é chamada a época chuvosa na região, são poucos os carros baixos, de passeio, que se arriscam por aqui. Nós tivemos a sorte de pegar três dias sem chuva, o que facilitou bastante a nossa jornada. O maior problema foram alguns poucos atoleiros, que não seriam problema para o nosso carro não fosse o fato de caminhões estarem atolados ali, bloquenado toda a pista. Nestes casos, sempre há tratores na pista, para ajudar a desatolar os que ali ficam presos e assim, liberar todo o tráfego.

Ana Biselli e Rodrigo Junqueira
A segunda maior hidrelétrica brasileira: Tucuruí.

Enfim, foram três dias cruzando esta estrada famosa e conhecendo um pedaço do Brasil ainda muito pouco conhecido. Ao final, chegamos na segunda maior hidrelétrica brasileira, Tucuruí, onde encontramos o asfalto novamente. De lá seguimos para o sul do Maranhão, onde está outra região ainda pouco conhecida da maioria dos brasileiros, a belíssima Chapada das Mesas, recentemente transformada em parque nacional.
Assim como suas similares na Bahia, Goiás e Mato Grosso, essa chapada é rica em cachoeiras, trilhas, montanhas e cavernas. Passamos três dias explorando algumas de suas atrações belas e famosas, como a Cachoeira da Pedra Caída ou uma nascente de águas incrivelmente transparentes, o Encanto Azul.

Ana Biselli e Rodrigo Junqueira
O sensacional Encanto Azul, em Riachão, na Chapada das Mesas.

Além das belezas naturais, o homem vem criando seus próprios atrativos. Entre eles, se destaca uma incrível tirolesa, que desce do alto de uma montanha por cima de vales e canyons, num percurso de 1.200 metros. A sensação de é de se estar voando!

Ana Biselli e Rodrigo Junqueira
A incrível tirolesa de 1.200 metros, na Chapada das Mesas.

Na próxima semana, vamos cruzar o sul do Maranhão para chegar ao estado de Tocantins, numa região conhecida como Jalapão, famoso por suas belezas naturais, como cachoeiras e dunas de areia avermelhada, e também pelo fato de ter a menor ocupação urbana do país, mais baixa até que da Amazônia. De lá, seguiremos na direção sul, para o estado de Goiás, onde está a Chapada dos Veadeiros e cidades como Pirenópolis e a histórica Goiás Velha.

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