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Keirrison está de volta ao Coritiba e, ao menos da minha parte, há pouco a acrescentar em relação ao que está na coluna de sexta-feira passada na Gazeta impressa, postada também aqui no blog. A recuperação da cirurgia permitirá ao jogador estar em campo apenas no segundo semestre e o longo tempo de inatividade fará dele um reforço de fato somente para o ano que vem. Todas as partes (clube, jogador e torcida) precisarão ter isso em mente para que o repatriamento tenha chance de sucesso.

Keirrison estará há oito meses sem jogar quando for liberado para treinar fisicamente, em junho. Como comparativo, Marcel ficou cinco meses parado até reestrear no Coritiba em janeiro. Ok, Keirrison é melhor que Marcel. Mas Marcel não vinha de cirurgia.

Há outro ponto importante que eu gostaria de acrescentar, e esse depende muito mais de Keirrison, embora exija a mesma consciência coletiva. O K9 não existe mais. Aquele Keirrison goleador que brilhou no Alto da Glória se perdeu em algum momento entre a saída do Palmeiras e chegada ao Barcelona – chegada entre aspas, pois ele nunca jogou pelos culés. Suas passagens por Benfica, Fiorentina, Santos e Cruzeiro (mesmo com o desconto das contusões) foram decepcionantes.

Quando Keirrison vestir a camisa do Coritiba para jogar, não pode olhar para o passado, para aquilo que já fez pelo clube. Ele deve olhar para o futuro e agir como se estivesse começando. Na teoria isso não deveria ser um problema, especialmente para um jovem de 23 anos. Na prática, é o desafio mais traiçoeiro que um atleta profissional pode enfrentar. Atingir um determinado status, reconhecer que esse status foi perdido, entender que é preciso repetir o duro caminho da subida e efetivamente repetir esse caminho é um ciclo que poucos conseguem completar. Para Keirrison, é o momento de repetir esse caminho. Ele está preparado para isso?

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