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Agora só se elege quem tem grana própria (ou a chave do cofre do partido)
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A primeira parcial das contas dos candidatos em Curitiba já mostrou dois dos principais problemas do novo sistema de financiamento. Se por um lado a regra nova tirou as empresas (em tese) da equação, mas colocou outros elefantes na sala.

O primeiro é que os candidatos com mais dinheiro passaram a ter uma vantagem imensa sobre os demais. Antes, alguém sem grana podia recorrer a empresas para compensar seu caixa baixo. Agora, tem uma opção a menos.

Em Curitiba, isso fica evidente pela situação de Rafael Greca. O candidato pegou do próprio bolso R$ 600 mil já nos primeiros dias de campanha. Tirou um checão e mandou torrar tudo para elegê-lo. Tem todo o direito. Mas e quem não tem os R$ 600 mil?

O outro modo de financiamento favorito até aqui tem sido o dos fundos partidários. Mas todo mundo sabe que essa grana é controlada com mão de ferro pelos caciques de cada tribo. E nem todo mundo vai receber a mesma chance.

Exemplo: o PMDB está espalhado pelo estado inteiro. Mas quem é que acredita que todos os candidatos a prefeito terão a mesma colher de chá que Requião Filho, herdeiro do grande timoneiro da legenda?

Não é à toa que as duas maiores doações de partidos na capital foram para filhos de caciques. Maria Victoria, do PP, tem a chave do cofre por ser filha de Ricardo Barros e Cida Borghetti, capitães do partido.

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