A “greve” parcial da empresa de ônibus Araucária nesta segunda-feira é mais um capítulo do que vem ocorrendo no longo prazo no sistema de transporte coletivo da cidade. As empresas menores minguam e vão se batendo para continuar na ativa. E não parece improvável que as empresas maiores em breve as comprem, concentrando ainda mais o já concentrado negócio de transportar pessoas em Curitiba.
Hoje, das 11 empresas de transporte coletivo, seis já estão nas mãos da mesma família, os Gulin, que também presidem o sindicato patronal da categoria. Levantamento publicado pela Gazeta do Povo mostrou que a família detém 68% das ações de todos os três consórcios que venceram a licitação do transporte na época do prefeito Beto Richa (PSDB), em 2010. O sindicato alega que a família é grande e que as empresas são independentes.
Nos bastidores já se comenta que pelo menos duas empresas podem não ter condições de continuar operando. Uma delas é a própria Araucária, que atrasou o vale dos funcionários e por isso enfrentou a paralisação. Outra seria a CCD, que teve ônibus confiscados por falta de pagamento e perdeu o direito de usar a própria garagem, da antiga Cristo Rei.
As empresas seriam adquiridas pelas maiores, como Cidade Sorriso e Marechal? Isso já ocorreu no passado recente, aumentando o poder de fogo dos Gulin. Mas as empresas da família já foram ameaçadas com uma ação no Cade, órgão encarregado de apurar se existe concorrência e livre mercado no país. O que poderia ser um complicador para novas fusões.
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