Nos 12 meses que se passaram desde o 29 de abril, quando o governo do Paraná conseguiu aprovar (do modo como se sabe, ferindo centenas de pessoas) o ajuste fiscal, mais de R$ 2 bilhões do caixa da previdência ajudaram o governo a “sanear” suas contas.
A reforma aprovada permitiu que o governo usasse a “poupança” feita em governos anteriores – o Fundo Previdenciário – para pagar a aposentadoria mensal de mais 33 mil funcionários. a prática, isso significa dilapidar já o que deveria pagar aposentadorias futuras.
O governo de Beto Richa (PSDB) fez a reforma devido ao estado lastimável em que herdou as finanças de seu antecessor – o próprio Richa, reeleito em 2014. Com o restante do ajuste fiscal, conseguiu tapar o déficit. Com a previdência, conseguiu superávit em relação às despesas de 2015.
Ou seja: basicamente, o que mantém hoje o estado rodando, além do pagamento de gastos fixos, como folha de pessoal e custeio, é a retirada mensal dessa poupança previdenciária.
Já em maio, depois da aprovação da lei (sancionada às pressas no dia seguinte), o governo pegou R$ 543 milhões – já que a lei era retroativa – do fundo. Depois, mês a mês, mais R$ 120 milhões. Em 12 meses, somam-se com isso R$ 2,1 bilhões, aproximadamente.
Ou seja: para cada um dos 213 feridos, o governo pôde, neste primeiro ano, usar R$ 10 milhões de dinheiro dos aposentados.
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