Beto Richa (PSDB) era governador do Paraná há apenas 14 dias quando abriu conversas com as concessionárias que resultariam, quatro meses depois, no “congelamento” de 140 ações judiciais movidas pelo Executivo estadual contra as pedagieiras. A justificativa foi de que era preciso criar um clima amistoso para que o diálogo entre as partes pudesse ser retomado na busca de reduzir o valor das tarifas.
Os processos vinham desde 1998, mas boa parte deles eram da época de Roberto Requião (PMDB) à frente do Palácio Iguaçu – 2003 a 2010. Entre as ações, estavam pedidos de indenização por reajustes que não foram autorizados e por prejuízos com invasões nas praças de pedágio ou isenções não previstas em contrato e a tentativa de anulação de aditivos contratuais.
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Quatro anos depois, a negociação “sem a faca no pescoço” das concessionárias – nas palavras do irmão de Beto e secretário de Estado de Infraestrutura, José Richa Filho – deu os primeiros frutos. Um aumento de 8,24% nas tarifas cobradas pela Econorte em três praças de pedágio do Norte Pioneiro, sem qualquer obra como contrapartida.
As tratativas seguiram com as outras cinco concessionárias. Com a Rodonorte, por exemplo, não houve acordo. Com isso, as ações contra a empresa foram retomadas na Justiça.
Agora, pouco mais de sete anos depois de uma das suas primeiras decisões no cargo de governador, Richa vê seu governo envolvido na Lava Jato e em investigações sobre supostos desvios de pelo menos R$ 63 milhões de contratos do Anel de Integração no estado − o tucano não é um dos alvos da operação.
Em todo o caso, se o pedágio não abaixou apesar do clima amistoso entre Richa e as concessionárias, ele tem data para acabar. Em 2021, vencem os atuais contratos e nenhum pré-candidato a governador pretende renová-los.
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