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Por Chico Marés, interino

A saída de Adriano Massuda da secretaria de Saúde é o início da saída do PT da gestão de Gustavo Fruet (PDT)? Ao que tudo indica, não. Na manhã de hoje, o ex-secretário declarou que Fruet só “liberou” sua saída, a contragosto, após reunião com o ministro Arthur Chioro, na manhã desta terça (28) – antes disso, a intenção era mantê-lo no cargo, mesmo com a nomeação.

Massuda foi além: disse, também, que sequer se despediu da equipe, já que, mesmo em Brasília, pretende continuar em contato constante com a administração do município – sendo uma espécie de “representante” da gestão Fruet em Brasília. “Nossa gestão ainda tem um ano e meio. E, tomara, outros quatro anos, vamos fazer campanha por isso”, disse.

Durante a conversa, ele elogiou ostensivamente Fruet, a quem se referiu como “um farol” em um momento político difícil. “Ele mantém um lado humano que às vezes as pessoas perdem quando atuam na administração pública”, disse. Na terça-feira, Fruet também elogiou o secretário e declarou que o próximo secretário será “de continuidade, e não de ruptura”.

Tudo indica que, apesar da saída, a relação de Fruet e Massuda é boa. Isso significa, então, que tudo vai bem entre Fruet e o PT? Também não. Massuda diz ser um “filiado recente” ao PT e que sua indicação foi por motivos técnicos – ele é médico e professor universitário. Fruet também frisou que considera Massuda um “quadro técnico”, e deu a entender que não considera Massuda uma indicação “política” – e que seu sucessor terá esse mesmo perfil.

O ex-secretário disse, ainda, que tem conversado com Fruet sobre nomes que poderiam dar continuidade ao seu projeto, frisando que há quadros próprios do município que poderiam assumir essa função. Seu sucessor ainda não foi anunciado.

Do ponto de vista da política partidária, a saída repentina de Massuda parece não significar muita coisa – nem para um lado, nem para o outro. É fato que há atritos entre o PT e a administração municipal, especialmente das alas mais à esquerda do partido – aliás, desde antes da campanha eleitoral setores do PT já se mostravam ou reticentes ou abertamente contrários à aliança. Mas se isso vai resultar em um rompimento ou não, só o tempo irá dizer.

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