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Sergio Moro. Foto: Hugo Harada/Arquivo Gazeta do Povo.
Sergio Moro. Foto: Hugo Harada/Arquivo Gazeta do Povo.| Foto:

A chegada do caso de Beto Richa à 13ª Vara Federal levantou um velho debate sobre a imparcialidade do juiz Sergio Moro, da Lava Jato. Por um lado, muita gente acha que os tucanos estariam tranquilos nas mãos do juiz; por outro, há quem pense que, para provar sua independência, o juiz pode pegar particularmente pesado com Beto.

Evidente que as duas apostas partem do princípio de que o juiz não é bom, já que, em tese, o julgamento não deveria depender das cores partidárias – muito menos das circunstâncias políticas da Lava Jato. Mas a discussão está aí.

Em grande medida, a discussão é injusta com Moro. O juiz não teve nenhum grande adversário dos petistas nas mãos, exceto Eduardo Cunha, que está devidamente atrás das grades. Muitos casos de tucanos na Lava Jato subiram em razão do foro.

Se Moro condenou petistas em boa parte é porque foram petistas que a força-tarefa levou até ele (lembrando que juiz só caneteia processos, não dá início a nada).

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Por outro lado, Moro deu margem a esse tipo de comentário ao ficar posando para fotos com tucanos, indo em eventos e sorrindo ao lado dos principais caciques do PSDB. E o juiz que condena César não apenas precisa ser imparcial, precisa parecer.

Agora a questão é se o rigor do juiz era partidário. Aos inimigos a lei? E aos demais?

Em entrevistas nos bastidores (como ao blog de Josias de Souza), tucanos dizem que Beto vai pagar até pelo que não fez, só para Moro provar sua objetividade. O mundo dá mesmo voltas: agora é o pessoal do PSDB que está colocando a imparcialidade da Lava Jato em questão…

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