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Os usuários das linhas de micro-ônibus que operam em Curitiba começaram a receber nesta semana um panfleto avisando que eles têm duas semanas para fazer um cartão-usuário ou providenciar um cartão avulso para pagar suas passagens. Sem isso, não terão mais como andar de ônibus nesses trajetos.

A mudança para o cartão não é necessariamente ruim, como já se falou aqui no blog. Na verdade, a automatização da cobrança é um excelente negócio, desde que funcione bem. A prefeitura fez uma mudança importante ao providenciar modos mais simples de os passageiros poderem ter o cartão. Mas pisa na bola ao fazer a mudança tão rapidamente.

Com as duas semanas de aviso prévio, é certeza que muita gente não ficará sabendo da mudança a tempo – ou não terá como comprar o cartão ou fazer o definitivo. Essas coisas precisam ser feitas com mais prazo para que o cidadão possa se adaptar. A informação precisa correr e isso às vezes leva tempo. Imagine um cidadão que está de férias e voltará já com a mudança implantada, só para ficar no exemplo básico.

O usuário de ônibus nunca é tratado com a mesma deferência dada ao motorista ou (nem se fale!) ao passageiro de avião, por exemplo. Quando houve demora excessiva nos aeroportos, anos atrás, o governo criou rapidamente um gabinete de gestão de crise. Para que prestassem atenção aos ônibus, foi preciso que quase tacassem fogo no país…

Fica a dica para a prefeitura: a ideia do cartão é boa. Se puderem adiar a entrada em funcionamento, evitarão dor de cabeça de usuários que reclamarão – e com razão – de terem sido avisados em cima da hora.

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