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Foto: Site de Bernie Sanders
Foto: Site de Bernie Sanders| Foto:

Foto: Site de Bernie Sanders

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E quem é esse político de 73 anos que se declara socialista em um país onde – para um grande número de pessoas – o termo é considerado crime?

Sanders é o principal adversário de de Hillary Clinton na disputa entre democratas. Ao jornal The New York Times, o senador fez uma autodefinição. “Não sou um liberal (de esquerda), sou um progressista que se centra especialmente na classe média e trabalhadora”, afirmou.

Em reportagem desta semana, o espanhol El País ressalta que “o velho senador tem boa aceitação, se conecta com os mais velhos e com os jovens – a chamada geração do milênio que terá um grande peso na campanha e que não confia no sistema tal como ele é”.

O escritor e cronista Luis Fernando Verissimo considera Sanders como a única novidade das eleições americanas. “A diferença entre Sanders e os candidatos semiclandestinos da esquerda protocolar é que Sanders tem atraído multidões a seus comícios e aparecido com destaque surpreendente nas pesquisas de intenção de voto. Ou seja: tem despertado a atenção que a esquerda, no passado, não teve nem em sonho”, escreve Verissimo.

A plataforma desse senador de Vermont soaria como radical de esquerda para grande parte dos latino-americanos. Na sua agenda estão a defesa do casamento homossexual, o aumento do salário mínimo, o apoio aos interesses da classe social frente às ideias políticas, radicalização do controle dos grandes bancos e do capital financeiro em geral, o aumento de impostos para o “um por cento”, como chamam a casta dos supermilionários dos EUA, e a redução da concentração de renda no país.

Os republicanos o classificam como extremista. “Extremista é quem nega o direito dos trabalhadores de barganhar na mesa por melhores condições de trabalho. É quem diz às mulheres que elas não são capazes de decidir o melhor para seus próprios corpos. É quem as trata como crianças ao negar o direito de acesso a contraceptivos. É quem corta os impostos de bilionários e se recusa a aumentar o salário mínimo”, responde.

Um pesquisa neste mês colocou Sanders na frente de Clinton em New Hampshire, e outra consulta, em Iow,a deu ao veterano 30% de apoio, somente sete pontos atrás da favorita.
Em que pese o avanço, as apostas em Sanders são quase nulas dada a máquina democrata em favor de Clinton. A campanha do senador vive de pequenas doações e não tem recursos para fazer frente à adversária.

A presença de Sanders oxigena a campanha nos EUA. Um progressista, que é como chamam os políticos de esquerda por lá, possibilita um debate plural. Para um país que elegeu um negro (Barack Obama) para a Presidência nas duas últimas eleições, o sucesso das ideias progressistas não é novidade.

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